A maioria dos candidatos no Rio Grande do Norte identificados com o segmento evangélico não obteve sucesso nas eleições deste ano. As famílias Jácome e Dickson são ligadas a Assembleia de Deus, maior denominação cristã do Rio Grande do Norte com 220 mil fieis e aproximadamente 1.600 templos espalhados pelo Estado, e encontraram muita dificuldade para eleger seus representantes.
A família Jácome, por exemplo, não conseguiu vencer nenhuma das vagas que disputou.
O deputado federal Antônio Jácome (Podemos) ficou em 5º lugar na corrida para o Senado, sendo votado por 307.399 eleitores, menos da metade da votação conquistada pela deputada federal Zenaide Maia (PHS), eleita na segunda vaga com 660.315 votos.
O deputado estadual Jacó Jácome (PSD) também não renovou o mandato de deputado estadual. Ele obteve mais votos do que cinco candidatos eleitos, mas foi eliminado em razão do coeficiente eleitoral da coligação.
A família Dickson teve um desempenho um pouco melhor. O deputado estadual Alberto Dickson (Pros) se reelegeu com 31.698 votos e ficou na 19ª colocação entre os 24 deputado estaduais eleitos.
Já a esposa dele, Carla Dickson (Pros), disputou a última vaga com o deputado federal Fábio Faria (PSD) até o final da apuração, mas acabou ficando na primeira suplência da coligação Trabalho e Superação I. Ela conquistou o apoio de 60.590 eleitores. Agora, Carla Dickson voltará a exercer o mandato de vereadora de Natal.
O único remanescente da família Jácome com mandato é o sobrinho de Antônio, o vereador de Natal Eriko Jácome, que não concorreu a nenhum cargo nestas eleições.
O número de fiéis da Assembleia de Deus e potenciais eleitores corresponde a mais de 40% das 487.948 pessoas que se identificaram como evangélicas no último censo do IBGE, em 2010, o que na época, oito anos atrás, já representava 15,4% da população potiguar.