Ezequiel “desiste” de candidatura ao governo que ele nunca lançou ou admitiu
Natal, RN 28 de mar 2024

Ezequiel "desiste" de candidatura ao governo que ele nunca lançou ou admitiu

5 de abril de 2022
2min
Ezequiel

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Nos meios jornalístico e político potiguares já se tem como certeza que o presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira de Sousa (PSDB) vai continuar apoiando o Governo Fátima Bezerra (PT), logo, não será pré-candidato ao Governo pela oposição, como vinha sendo especulado há quase dois meses.

Para parte dos jornalistas e blogueiros que abordavam o tema, Ezequiel teria desistido da pré-candidatura. A questão é que o deputado não pode ter desistido de algo que ele jamais se comprometeu a fazer. Ele próprio jamais lançou a candidatura ou sinalizou qualquer palavra ou ato neste sentido em pronunciamentos, entrevistas ou em suas redes sociais.

Na verdade, Ezequiel deu até demonstrações que não seria candidato pela oposição. Evitou se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro por duas ocasiões em que ele esteve no Rio Grande do Norte. Em 9 de fevereiro, quando o presidente estava no Seridó para eventos da transposição do rio São Francisco, Ezequiel foi convidado, mas preferiu presidir sessão da ALRN. Já no dia 30 de março, Bolsonaro esteve em Parnamirim para inaugurar uma estação de trem. Ezequiel era esperado na solenidade, chegou a ter o nome anunciado, mas novamente preferiu ficar na sessão da Assembleia.

No evento de Parnamirim estava o então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), que na ocasião se despediu do cargo e contava com Ezequiel no palanque montado como maneira de pressionar uma pré-candidatura deste ao governo.

Portanto, em nenhum momento Ezequiel se comportou politica ou publicamente como pré-candidato ao governo pela oposição. Ainda que nos intramuros essa possibilidade tenha sido debatida e pensada.

Continuando na base de sustentação de Fátima, Ezequiel tem condições de preparar sua reeleição como deputado estadual e tentar novamente ser o campeão de votos, como em 2018, para consolidar sua recondução à presidência da ALRN a partir de 2023, tarefa nada difícil para quem tem no seu partido a metade exata da Casa, doze deputados.

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