Filiação ao Podemos fora do prazo põe em risco candidatura de Styvenson ao Governo do RN
Natal, RN 25 de abr 2024

Filiação ao Podemos fora do prazo põe em risco candidatura de Styvenson ao Governo do RN

13 de maio de 2022
2min
Filiação ao Podemos fora do prazo põe em risco candidatura de Styvenson ao Governo do RN

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Cotado para a disputa ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte nas eleições deste ano, o senador Styvenson Valentim pode ficar fora da disputa. Sua filiação ao Podemos aconteceu fora do prazo máximo, de 2 de abril, seis meses antes da eleição, e ainda não consta no sistema da Justiça Eleitoral. A informação foi confirmada pela assessoria jurídica do parlamentar.

Segundo o advogado e ex-juiz eleitoral, Wladmir Capistrano, “a regra é que a filiação partidária, principalmente a data da filiação, deve ser comprovada pela informação que o partido insere no sistema da Justiça Eleitoral (FILIA)”.

A jurisprudência, contudo, admite outras formas de comprovação da data da filiação, explica Capistrano, “para não prejudicar o eleitor, desde que a prova não seja unilateral, ou seja, não seja uma prova que possa ser ‘fabricada’ para comprovar uma data anterior”.

É no que aposta a advogada Ana Paula Trento, assessora de Styvenson. Ela não acredita que o senador venha a ter problemas, pelo fato de a Justiça Eleitoral já ter jurisprudência na confirmação de filiação partidária retroativa.

O que o partido e o senador podem fazer “é tentar regularizar essa situação agora, apresentando documentos que demonstrem para Justiça Eleitoral que ele estava filiado antes do dia 02 de abril, e o juiz da zona eleitoral em que ele for eleitor é quem vai decidir sobre a regularidade e a data da filiação”, afirma Capistrano.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem uma súmula sobre a matéria: “a prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que trata o art. 19 da Lei nº 9.096/1995, pode ser realizada por outros elementos de convicção, salvo quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé pública”.

A Agência Saiba Mais tentou falar com o presidente estadual da sigla, o advogado Felipe Madruga, mas até o fechamento dessa matéria não foi possível ter a resposta.

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