Pesquisa aponta rejeição de 45,9% à checagem de notícias falsas nas redes sociais
Da newsletter Meio:
Pesquisadores da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV acompanharam o anúncio, pelo Facebook, da iniciativa de checagem de notícias dentro da rede social. Detectaram 45 mil menções, nas redes, a respeito. Destas, 45,9% de rejeição à ideia – de argumentos reais a ataques pessoais e informações falsas. E 33,1% são de respostas aos críticos. Durante boa parte da semana entre 10 e 17 de maio, a conversa sobre o tema não pegou forte.
A ativação real se deu no fim do período, quando os ataques pessoais mais pesados aos jornalistas que fazem fact-checking vieram à tona. Do total de ataques, segundo a FGV DAPP, 23,7% dos retuítes foram distribuídos por robôs ou os acompanharam. Bots também foram detectados na reação, 16,6%.
Para os pesquisadores, este é um retrato de como será a campanha política online: uma lógica de guerrilha polarizada, tentando vencer no grito, utilizando-se de mecanismos automatizados para ampliar ataques, metendo-se numa espiral de radicalização. Nela, o real debate é soterrado.
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