Após suspensão temporária na Europa, cientistas reafirmam segurança da vacina Oxford/AstraZeneca

Países europeus suspenderem o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca para investigar a ocorrência de coágulos entre pessoas vacinadas. Nesta semana, diversas instituições científicas do mundo todo reafirmaram a eficácia e a segurança do imunizante.

O laboratório emitiu nota no domingo (14) reiterando que não há evidências de aumento dos coágulos sanguíneos causado pela vacina depois de analisar os resultados de 17 milhões de doses. Após estudos, a Universidade de Oxford concluiu que não existe relação entre a trombose e a vacina contra a covid-19.

“Há provas muito tranquilizadoras de que não há um aumento no fenômeno de trombose aqui no Reino Unido, onde se aplicou a maioria das doses na Europa até agora”, afirmou o diretor do grupo de vacinas de Oxford, Andrew Pollard, durante entrevista na segunda-feira (15).

O pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), Leonardo Lima explica que 34 casos foram notificados no mundo todo e que a suspensão temporária em alguns países foi por cautela.

“A Europa já vacinou milhões com essa vacina e foram 34 casos reportados. No Brasil não há relato de nenhum caso nesse sentido, nenhum efeito adverso. É preciso ter cuidado para não gerar alarme na população”, disse Leonardo, ao ressaltar que no Brasil a recomendação continua a mesma, a vacina pode ser aplicada normalmente, não há nenhuma contraindicação.

A Fiocruz, que produz o imunizante contra a Covid-19 no Brasil, afirmou na terça-feira (16) que a formulação tem de se demonstrado, até o momento, "extremamente segura e eficaz".

"Mais de 17 milhões de pessoas, na União Europeia e no Reino Unido, e cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil já foram vacinadas com esse imunizante sem que houvesse, até o momento, evidência de aumento de risco de formação de coágulos sanguíneos em qualquer faixa etária", afirmou a fundação, em nota.

O Rio Grande do Norte já recebeu 67 mil doses da vacina Oxford, que se mostrou eficaz contra a variante brasileira do vírus P1.