A sociedade brasileira, desde sua colonização, sofre com diversas mazelas sociais. Hoje, com o acúmulo de vários fatores e falências culturais e educacionais, uma dessas mazelas é a violência, fenômeno que atinge várias classes sociais, principalmente a periférica e favelada. Além de alvo, ainda ficamos com o estereótipo de quem produz e promove essa violência. Como somos maioria, formamos números expressivos para as nossas estatísticas.
Todos esses problemas instalados nas comunidades ligados à violência prevalecem na nossa realidade, pois estamos na mira desta guerra sangrenta e dolorosa para muitas famílias. Guerras, diga-se de passagem, provocadas pelas más gestões das políticas públicas mal direcionadas e mal implementadas. Gestões responsáveis por milhares de assassinatos porque são elas que decidem a vida da população com uma simples caneta.
É nesse contexto que a periferia se torna refém da sua própria realidade. A adoção do estado da ignorância como solução dos problemas e a implantação da violência em nosso meio cultural facilitam a higienização social promovida pelo Estado ano a ano, instalando uma guerra entre nós (o povo contra o povo).
As pessoas quem agem desta forma são chamadas de sociedade. Sim, eles mesmos, os que usam o Estado para a sua promoção eleitoral, se dizem representantes do povo, mas que só melhoram as próprias vidas.
Tenho Miguel Carcará, como uma das poucas pessoas que consigo fazer um diálogo real, da vida e do dia dia na Periferia no RN, e no País como um todo, sem maquiagem…Os problemas de la, são os mesmos de cá.
Não nos envergonhamos de dizer que somos dessa realidade, e essa realidade só aparece para sociedade, dita DEMOCRÁTICA, somente em três datas: ( Natalinas, pois a fraternidade e Amor ao próximo aparecem, somente nessas época, fica em alta a sensibilidade, dão com a direita para aparecer com a esquerda que estão fazendo pelos desfavorecidos. Dia das Crianças, para doarem brinquedos que amenizam a responsabilidade do futuro,nunca vi nenhuma escola particular vir nas Favelas, Periferia ou Encosta doarem Vagas nas Escolas ou bolsa integral até a final do ensino médio….Nunca vi nem um Empresario oferecerem vaga no menor aprendiz, alguma INCLUSÃO SOCIAL, nunca… E nas Campanha Eleitoral, todos os caminhos levam os Candidatos as Periferias, incrível, parece ponto Turístico….Passam a chamar os moradores pelo nome, nas paredes ao lado das fotos desbotadas na parede pintada a cal, lá está a foto do candidato enfeitando a parede das casas….no quintal aumenta o fogo a lenha para servir o café (que veio na cesta básica), só para o Candidato,ficar mais próximo do eleitor, que dá plenos poderes a uma pessoa que nunca mais, depois de eleito poderá ter acesso e contato físico ou de olho no olho….Segue a vida na Periferia…..