Audiência do caso Gabriel tem novo adiamento após ausência de duas testemunhas
Natal, RN 20 de abr 2024

Audiência do caso Gabriel tem novo adiamento após ausência de duas testemunhas

11 de fevereiro de 2021
Audiência do caso Gabriel tem novo adiamento após ausência de duas testemunhas

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Após três dias dedicados a ouvir testemunhas de acusação e defesa no caso do assassinato de  Giovani Gabriel de Sousa Gomes, a etapa volta a ter novo adiamento. Isso porque duas pessoas que cruzaram com o adolescente antes da abordagem policial ainda não foram intimadas a testemunhar sobre o caso.

As audiências já haviam sofrido adiamento quando o juiz Marcos José Sampaio de Freitas Júnior, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnamirim,  solicitou que todas as interceptações telefônicas fossem anexadas aos autos processuais. A primeira data de início do procedimento era 21 de janeiro, mas o início dos três dias de escuta se deu no último dia 8 de fevereiro.

"Objetivamente, foi adiado porque o juiz acha que só pode ter o interrogatório dos réus quando todas as testemunhas são ouvidas. É um entendimento também do STJ (Superior Tribunal de Justiça)", explica Hélio Miguel, advogado de defesa da família de Gabriel.

De acordo com o advogado, o plano era ouvir as testemunhas de acusação no primeiro dia, as de defesa no segundo e os réus no terceiro momento, marcado para ontem, 10 de fevereiro. Todavia, como haviam muitas pessoas, os trabalhos foram adiados e ainda não há data marcada para o retorno das audiências.

"Faltou, realmente, duas testemunhas de acusação, porque elas moram na comarca de Macaíba e aí foi expedida lá uma intimação pela comarca de Macaíba. [...] eles vão ser intimados ainda e vão ser ouvidos lá na comarca. [Elas são importantes] porque cruzaram com o Gabriel um pouco antes da abordagem policial e eles falaram com os policiais também. Então eles serão ouvidos. Já foram ouvidos na fase do inquérito, mas têm que ser ouvidos também nessa fase judicial", argumenta o advogado.

Relembre o caso

Giovani Gabriel foi sequestrado e morto em 5 de junho de 2020, quando ia visitar a namorada no município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. Os principais acusados do crime são quatro policiais militares que estão detidos preventivamente desde setembro do ano passado.

De acordo com as provas levantadas no caso, os homens seriam policiais do município de Goianinha e estariam na mesma área que Gabriel em busca de um veículo que havia sido roubado da cunhada de Paullinelle Sidney Campos Silva, sargento da polícia militar que acionou outros três agentes, todos eles lotados no município de Goianinha, para buscas do veículo e responsável pelo roubo. Foi assim que Bertoni Vieira Alves, Valdemi Almeida de Andrade, Anderson Adjan Barbosa de Souza chegaram a Gabriel. Tendo encontrado o veículo próximo a onde o rapaz circulava, confundiram o jovem com o responsável pelo roubo e o levaram na viatura.

De acordo com investigações da Polícia Civil, Gabriel foi executado a tiros pelos policiais que deixaram o corpo do jovem em São José do Mipibú, distante 20km de Parnamirim. O cadáver de Giovani Gabriel só foi encontrado nove dias depois de ocorrido já em estado de decomposição. Familiares e amigos realizaram as buscas.

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