Aulas presenciais recomeçam a partir de 17 de agosto no RN, mas estudantes voltarão por etapas
Natal, RN 20 de abr 2024

Aulas presenciais recomeçam a partir de 17 de agosto no RN, mas estudantes voltarão por etapas

30 de junho de 2020
Aulas presenciais recomeçam a partir de 17 de agosto no RN, mas estudantes voltarão por etapas

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A governadora Fátima Bezerra anunciou nesta terça-feira (30) que há um indicativo de retorno para as aulas presenciais na rede pública e privada de ensino do Rio Grande do Norte a partir de 14 de agosto. Essa data, no entanto, corresponde ao último dia da suspensão das aulas prevista em decreto.

O comitê criado com a participação de vários órgãos e entidades ligados à educação no Estado sugeriu que o reinício das aulas aconteça dia 17 de agosto.

Esse grupo é formado por representantes do conselho estadual de Educação, secretários municipais da área, Governo do Estado, sindicato das escolas particulares, UERN e instituto Kennedy.

O Rio Grande do Norte concentra mais de 1 milhão de estudantes, sendo 220 mil de rede estadual, 600 mil da rede municipal e 70 mil da iniciativa privada.

As aulas na esfera municipal, estadual e federal foram suspensas em 18 de março e, desde então, o comitê estadual vem se reunindo para avaliar o cenário e discutir alternativas em meio à pandemia.

Ainda assim, Fátima Bezerra pontuou que a volta às aulas vai acontecer de forma segura:

- A volta às aulas deve se dar de maneira muito segura, estamos muito preocupados com a situação dos nossos estudantes. Estamos garantindo o kit da alimentação escolar, e sei o que significa essa alimentação para as famílias de baixa renda. E do ponto de vista da aprendizagem, todos estão prejudicados. A maior parte não tem internet e o Enem está aí. Estamos muito preocupados, por isso todo o esforço está sendo feito para retomar as aulas a partir de 14 de agosto”, disse.

Protocolo vai definir etapas de retorno, explica secretário 

Titular da SEEC Getúlio Marques e governadora Fátima Bezerra

O secretário de Estado de Educação Getúlio Marques explica que, no momento, o grupo elabora um protocolo para ser cumprido no retorno às aulas:

“Cada entidade está indicando representantes para fechar um protocolo unificado. Cada uma tem suas especificidades e algumas questões estão em aberto. Algumas entidades já estão adiantadas, mas é necessário unificar. Então estamos em fase de elaboração desse documento que vai nortear esse retorno”, disse.

Alguns pontos já são consensuais. Um deles é de que não será possível o retorno de todos os estudantes da rede ao mesmo tempo em razão da proibição de aglomerações e outras medidas restritivas, como o distanciamento obrigatório de 1,5 a 2 metros de um aluno para outro. Mas há divergências sobre que grupos retornariam antes dos demais:

- Tem um grupo que defende que a educação infantil retorne primeiro porque os pais vão trabalhar, mas outro grupo discorda porque são os mais frágeis. É mais difícil para as crianças o uso de máscara, muitos andam de mãos dadas. Então já se discute o início pelos grupos de estudantes maiores. Vamos ver se vai ser por série, por modalidades, há uma série de medidas e decisões a serem tomadas”, afirmou.

A secretaria de Educação já se prepara também para estruturar as escolas com o básico em termos de equipamentos de proteção e itens de higiene. Produtos como álcool em gel e sabão para a lavagem das mãos serão providenciados.

Mais de 81% das escolas realizam atividade remota no RN

Marques conta que o último levantamento feito pela SEEC apontou que 81% das escolas da rede estadual de ensino vem realizando algum tipo de atividade remota com os estudantes.

A maior preocupação, explica o secretário, tem sido manter essa relação aluno-professor-escola:

- A maior preocupação é manter essa relação aluno-professor-escola para que ele não desista, imagine quatro, cinco meses sem aula ou contato com a escola. Então a ideia é que esse contato exista. Temos 81% das escolas com algum tipo de atividade das quase 600 escolas, mas a gente sabe que nem todos participam”, disse.

Na avaliação de Getúlio Marques, a pandemia antecipou em 10 anos um debate sobre a mediação da educação a partir do uso das tecnologias

- Isso virou realidade. Esse debate sobre mediação da educação por ferramentas tecnológicas iria acontecer só daqui a 10 anos, mas está sendo feito agora”, disse.

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