Beauvoir, Euclides da Cunha socialista, Heloísa Buarque de Hollanda, Adriano de Sousa e outras dicas literárias
Natal, RN 20 de abr 2024

Beauvoir, Euclides da Cunha socialista, Heloísa Buarque de Hollanda, Adriano de Sousa e outras dicas literárias

10 de setembro de 2019
Beauvoir, Euclides da Cunha socialista, Heloísa Buarque de Hollanda, Adriano de Sousa e outras dicas literárias

Ajude o Portal Saiba Mais a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Confira as dicas da semana da Cooperativa Cultural da UFRN:

1-ISMAIL XAVIER

Um pensador do cinema brasileiro

Organizadores: Fatima Lunardelli, Humberto Pereira da Silva e Ivonete Pinto.

Editora: SESC

R$ 60,00

“Ismail Xavier é um dos maiores críticos, professores e pensadores de cinema do Brasil. Este livro examina sua relação Ismail Xavier com o cinema nacional, as conexões que estabeleceu entre cinema e literatura, os conceitos e teorias que desenvolveu, sua atuação como crítico e, por fim, sua influência e seu legado. Para isso foram convidados professores, críticos e intelectuais ligados ao cinema que escreveram artigos sobre a atuação de Ismail na cena cultural brasileira e internacional.”

2-BEAUVOIR PRESENTE

Autor(a): Julia Kristeva

Editora: SESC

R$ 55,00

“Nesta obra, Julia Kristeva se debruça sobre a atualidade da escritora, filósofa e ativista francesa Simone de Beauvoir, que marcou a metade do século XX com a publicação de O segundo sexo, um tratado sobre a condição das mulheres no período. Segundo Kristeva, o pensamento de Beauvoir corresponde a uma “revolução antropológica” e, por isso, ainda encontra ecos e desdobramentos tão contundentes nos fundamentos que circundam o multifacetado movimento feminista. Abordando tópicos como sexualidade, política, maternidade, feminismo, psicanálise e, principalmente, liberdade, Kristeva faz uma leitura pessoal de Beauvoir e revela possibilidades para apreender o feminino hoje”.

3-SOBRE PESSOAS VELHAS E COISAS QUE PASSAM...

Autor(a): Louis Couperus

Editora: Zouk

R$ 58,00

“Sobre pessoas velhas e coisas que passam... (1906), uma das obras-primas do escritor e um dos maiores clássicos em língua holandesa, tem como ponto de partida o noivado de dois jovens cujas famílias cresceram juntas, e a partir daí todos entram em xeque com suas respectivas consciências. O leitor acaba conhecendo inúmeros membros das famílias Dercksz e Takma, unidas e separadas por um terrível segredo. Ottilie Dercksz, de noventa e sete anos, e Emile Takma, de noventa e três anos, mantêm um segredo que esperam nunca revelar, mas quando Lot, neto de Ottilie, fica noivo de Elly, neta de Emile, a roda do destino começa a girar. "A Coisa", como o segredo é chamado, deixa de ser memória e ganha vida, cresce e vira parte de todos ligados à história das duas famílias, e se desenvolve também junto com a narrativa, que torna-se um enorme panorama da sociedade holandesa da virada do século XIX e XX”.

4-FEMINISMOS EM REDE

Organizadoras: Danusa Marques, Daniela Rezende, Maíra Kubík Mano, Rayza Sarmento, Viviane Gonçalves Freitas.

Editora: Zouk

R$ 49,00

“Feminismos em Rede traz uma amostra do trabalho de um grupo de pesquisadoras que vêm se articulando para a expansão e o fortalecimento de uma agenda de pesquisa sobre as desigualdades de gênero nos espaços de poder, a partir de perspectivas desafiadoras. Esse conjunto de debates, organizado em quatro eixos (Feminismos, Teorias e Epistemologias; Feminismos Interseccionais; Feminismos e Comunicação; e Feminismos, Instituições, Ativismo e Políticas Públicas), mostra a possibilidade de colaboração teórica, metodológica e analítica entre tradições e abordagens distintas, refletindo tanto um enquadramento interdisciplinar das questões de pesquisa, o que é uma marca clássica dos estudos de gênero, quanto a própria trajetória diversa das pesquisadoras”.

5-JOVITA ALVES FEITOSA

Voluntária da pátria, voluntária da morte.

Autor(a): José Murilo de Carvalho

Editora: Chão

R$ 44,00

“Em 1865, a cearense Jovita Alves Feitosa, de dezessete anos, vestiu-se de homem e decidiu alistar-se como voluntária da pátria na Guerra do Paraguai. Descoberto o disfarce, Jovita foi, ainda assim, aceita como voluntária pelo presidente da província, no posto de segundo-sargento. Transformada em celebridade do dia para a noite, fez um percurso triunfal de Teresina ao Rio de Janeiro. Mas, por fim, Jovita não foi aceita como combatente e desapareceu do noticiário até seu suicídio, dois anos depois. Em Jovita Alves Feitosa: voluntária da pátria, voluntária da morte, José Murilo de Carvalho, um dos maiores historiadores em atividade no país, reproduz e analisa preciosos documentos de época, que compõem um quadro rico e complexo. Estão reproduzidas uma pequena biografia datada de 1865, notícias de jornal, um depoimento dado à polícia, documentos, diversos poemas escritos em sua homenagem, fotografias. Estudando os limites entre fato e mito, o autor busca entender os sonhos e a luta da voluntária — e as relações que se estabeleceram entre ela e a sociedade de seu tempo”.

6-A GRANDE REGRESSÃO

Um debate internaconal sobre os novos populismos - e como enfrentá-los.

 Org.: Heinrich Geiselberger

Editora: Estação Liberdade

R$ 59,00

“A proposta de uma discussão internacional e plurieditorial vem responder aos questionamentos diante dos acontecimentos políticos recentes. A grande regressão: um debate internacional sobre os novos populismos – e como enfrentá-los, organizado por Heinrich Geiselberger, reúne contribuições de quinze autores consagrados, incluindo Zygmunt Bauman, Nancy Fraser, Bruno Latour e Slavoj Žižek, e um artigo inédito de Renato Janine Ribeiro.

O começo do século XXI deixou claro: a globalização neoliberal fracassou. Não chegamos ao “fim da história” e ao auge do progresso humano, e sim testemunhamos os riscos anunciados se verificando um a um: terrorismo internacional, mudanças climáticas, crises financeiras, aumento da desigualdade e grandes movimentos migratórios.

As democracias e o establishment neoliberal falharam em atingir soluções para essas questões globais. Neste vácuo, demagogos e populistas ascenderam ao poder, degradando e vulgarizando o discurso público e minando as instituições democráticas. Partidos e sentimentos ultranacionalistas, xenófobos e racistas estão experimentando renovado prestígio, força e voz. Teorias conspiratórias se espalham e passam a figurar como verdade”.

7-LIVRO DE O.

Autor(a): Adriano de Sousa

Editora: Flor do Sal

R$ 30,00

“Magro de ruim. Seco de tudo.

Não há sim no que falo.

É bodejar de bruto

que dá bom dia a cavalo.

Se, de tarde, sou arcaico,

De manhã, fui moderno;

De noite, serei clássico.

Completei o meu caderno.

Comi pão da macambira,

Ensinei inhambu a piar.

Dormi em rede de embira,

Vi a chuva, vi o sol, do copiar.

Lavei as mãos na mágoa

Da pedra. Chorei inverso,

Engolindo. Guardei toda água

Para a cuia deste verso.”

8-ONDE É QUE EU ESTOU?

Autor(a): Heloisa Buarque de Hollanda 8.0

Editora: Bazar do Tempo

R$ 52,00

 “Em 60 anos de carreira e 80 de vida, Heloisa Buarque de Hollanda já deixou importantes marcas na cultura brasileira: revelou importantes poetas, discutiu o pensamento feminista de forma pioneira, chamou a atenção para a pulsante produção cultural das periferias, questionou e atualizou o papel da universidade e do intelectual no Brasil. Ensinou, debateu, filmou, escreveu, editou, desafiou, mudou, criou, escutou. Sempre atenta ao novo e ao outro, a escuta talvez seja sua característica mais marcante: é o que fica claro na entrevista que abre esta edição. O livro reúne também uma série de textos de sua autoria, escritos em diferentes momentos de seu percurso intelectual. Neles, Heloisa debate os temas e personagens de sua eleição e paixão; desde a roupa criada para que Rachel de Queiroz – a primeira escritora eleita para a Academia Brasileira de Letras – pudesse participar da cerimônia de posse, passando por uma análise sobre as diferenças e semelhanças entre a literatura e a poesia marginais, os caminhos e descaminhos da literatura digital e apresentando ainda suas leituras no campo dos estudos culturais – área na qual é referência incontornável, como ensaísta, crítica e professora de Teoria da Cultura, função que exerce há cinco décadas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).”

9-EUCLIDES SOCIALISTA

Obras Esquecidas

 Org.: Cauê Seignermartin Ameni e Wander Wilson

Editora: Autonomia Literária

R$ 25,00

 “Quem diria que Euclides da Cunha, o mais renomado intelectual militar do Brasil, era um socialista? Assim como Lima Barreto, Oswald de Andrade, Tarsila Amaral e outros grandes literatos brasileiros, Euclides também teve sua militância política apagada da história.

Poucos sabem, mas o autor do clássico Os Sertões foi preso e expulso do Exército, em 1888, por um ato de rebeldia ao quebrar seu sabre numa cerimônia com o ministro da Guerra do Império, Tomás Coelho. Após esse ocorrido, o ex-militar largou a farda e se envolveu com ideias mais iconoclastas, passando a assinar seus artigos e crônicas no jornal A Província de São Paulo, antigo Estadão, com o pseudônimo do anarquista Joseph-Pierre Proudhon, a quem se referia como um dos pensadores mais originais de seu tempo.

Dois anos depois de ter publicado sua obra mais renomada, em 1904, Euclides começa a defender o legado intelectual do comunista alemão Karl Marx, “este inflexível adversário de Proudhon”, quando lembra, num artigo histórico, que: “o caráter revolucionário do socialismo está apenas no seu programa radical. Revolução: transformação...”.

10-LITERATURA E RESISTÊNCIA

Autor(a): Regina Dalcastagnè, Berttoni Licarião e Patrícia Nakagome.

Editora: Zouk

R$ 45,00

“Nesta coletânea de ensaios, Alfredo Bosi leva para a crítica a atitude de resistência cultural e política dos escritores que ele tematiza, como Basílio da Gama, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e João Antônio, entre outros. Para Bosi, o crítico literário deve ser também um crítico da cultura. "Literatura e Resistência" reúne ensaios que vêm dar continuidade ao ângulo de leitura que o autor desenvolveu no já clássico Dialética da colonização (Companhia das Letras, 1992), em que a ênfase da análise recai sobre o jogo contraditório entre criação e tradição. Bosi revê o percurso da crítica literária no Brasil e propõe um "historicismo renovado", que não esconde a sua admiração pela obra de Antonio Candido.”

Apoiar Saiba Mais

Pra quem deseja ajudar a fortalecer o debate público

QR Code

Ajude-nos a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.