Bolsonarista Sara Winter é presa pela PF por incitar atos antidemocráticos
A bolsonarista e ativista de extrema-direita Sara Winter foi presa nesta segunda-feira (15) pela Polícia Federal. A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e está relacionada ao inquérito que apura incitação a atos antidemocráticos. Outros cinco mandados de prisão foram cumpridos em Brasília.
Em 19 de abril, um grupo de apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) participou de uma manifestação pedindo, entre outras pautas, o fechamento de instituições, como o Congresso e o STF, além da volta do Ato Institucional nº 5, criado em dezembro de 1968 pela ditadura militar e cassou mandatos, censurou a imprensa, perseguiu opositores da ditadura militar e institucionalizou a tortura no país. Essa manifestação contou com a participação do presidente.
Além desse inquérito, Sara Winter também é investigada no inquérito que apura um esquema de disseminação de fake news. Em 27 de maio, Alexandre de Moraes autorizou mandados de busca e apreensão em vários endereços de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Sara estava entre as pessoas envolvidas e, logo após a PF deixar sua casa, gravou um vídeo ameaçando o ministro do STF.
A ativista também era uma das líderes do movimento 300, grupo bolsonarista que armou acampamento na Esplanada dos Ministérios e mantinha integrantes, segundo a própria Sara Winter, ativistas armados.
No sábado (13), o governador de Brasília Ibanez Rocha determinou que a polícia desmontasse o acampamento, o que revoltou os integrantes.