Bolsonaro deixa PSL e segue para o 9º partido em 30 anos
Natal, RN 28 de mar 2024

Bolsonaro deixa PSL e segue para o 9º partido em 30 anos

13 de novembro de 2019
Bolsonaro deixa PSL e segue para o 9º partido em 30 anos

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Jair Bolsonaro anunciou que deixará o PSL para fundar um novo partido, o Aliança pelo Brasil. Para que a nova sigla exista, no entanto, serão necessários 491.967 eleitores registrados. Esses apoios também estar distribuídos por pelo menos um terço dos Estados.

A nova legenda que abrigará o presidente da República será o 9º partido dele desde 1989, quando Bolsonaro se elegeu vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em 30 anos, o presidente passou ainda pelo PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e o atual PSL.

“Agradeço a todos que colaboraram comigo no PSL e que foram parceiros nas eleições de 2018”, afirmou Bolsonaro pelas redes sociais

A mudança de legenda tem como foco uma disputa pelo comando do PSL e consequentemente pela soma de mais de R$ 400 milhões do fundo partidário e eleitoral a que a sigla tem direito em razão do tamanho da bancada que conseguiu eleger em outubro de 2018. A família Bolsonaro, que inclui o presidente e os filhos parlamentares, perdeu a disputa para o atual presidente Luciano Bivar.

Como vingança, no dia em que anunciou que deixaria o PSL, o presidente extinguiu o DPVAT, seguro obrigatório para todos os motoristas usado como indenização às vítimas de acidentes de trânsito. Bivar, agora desafeto declarado, é dono de uma das seguradores autorizadas pelo governo a administrar o seguro.

Deixando o PSL, Bolsonaro também tenta se livrar de um escândalo que bateu a porta do Palácio do Planalto batizado de “laranjal do PSL”. O deputado federal e atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio está diretamente ligado ao escândalo. Segundo a Polícia Federal, ele articulou em Minas Gerais um esquema de desvio de recursos para candidaturas femininas que, na verdade, eram laranjas.

Um assessor parlamentar de Marcelo Álvaro admitiu em depoimento a Polícia Federal que parte dos recursos oriundos do laranjal do PSL abasteceu a campanha presidencial. Bolsonaro nega.

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