Bolsonaro quer desculpas de Macron para aceitar ajuda de R$ 83 milhões do G7
Natal, RN 25 de abr 2024

Bolsonaro quer desculpas de Macron para aceitar ajuda de R$ 83 milhões do G7

27 de agosto de 2019
Bolsonaro quer desculpas de Macron para aceitar ajuda de R$ 83 milhões do G7

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O Palácio do Planalto confirmou na noite de segunda-feira (26) que o governo do presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, vai recusar a ajuda de US$ 20 milhões, equivalentes a R$ 83 milhões, oferecida pelo grupo que reúne as sete nações mais ricas do mundo, o G7. O envio da ajuda emergencial para o combate às queimadas na Amazônia foi aprovado pela cúpula do grupo que se reuniu no fim de semana na França. A recusa foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, mas contornada pelo presidente, em mais uma tentativa de descredibilizar a imprensa.

Ao ser questionado sobre a rejeição na manhã desta terça-feira (27), Jair Bolsonaro falou que o tema ainda está em aberto e que depende de um pedido de desculpas do presidente da França, Emmanuel Macron, contestando decisão anteriomente divulgada oficialmente pelo próprio governo.

“Eu falei isso [que recusaria]? O presidente Jair Bolsonaro falou? Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa, primeiro me chamou de mentiroso, e depois, pelas informações que eu tive, que disse que a nossa soberania está em aberto, então, para conversar, ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter de retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, argumentou o presidente de extrema-direita.

Horas antes de o Palácio do Planalto confirmar a recusa, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que os recursos seriam bem-vindos. “Quem vai decidir como usar recursos para o Brasil é o povo brasileiro e o governo brasileiro. De qualquer forma, a ajuda é sempre bem-vinda”, comentou, ao participar de evento promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), nessa segunda-feira (26).

No final de semana, Salles havia feito menção à falta de recursos da União e dos estados, quando visitou o Centro de Operações Conjuntas instalado no Ministério da Defesa para coordenar as ações contra as queimadas. “Todos os entes federativos, não só a União, enfrentam já há algum tempo sérias restrições orçamentárias, portanto as atividades correlatas precisam ser feitas de maneira eficiente para que os recursos empregados tenham resposta na proporção daquilo que é empregado”, afirmou no sábado.

Onyx questionou responsabilidade de Macron sobre incêndios em Notre Dame

RAFAEL CARVALHO/GOVERNO DE TRANSIÇÃO

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também confirmou a rejeição da oferta de ajuda ao jornalista Gerson Camarotti, na noite de ontem. "Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa. O Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio em uma igreja que é um patrimônio da humanidade e quer ensinar o quê para nosso país? Ele tem muito o que cuidar em casa e nas colônias francesas", disse Onyx ao blog.

*Com informações da Agência Brasil e do Congresso em Foco

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