Bolsonaro terá que assinar diploma e pagar 50 mil euros de prêmio a Chico Buarque
Natal, RN 28 de mar 2024

Bolsonaro terá que assinar diploma e pagar 50 mil euros de prêmio a Chico Buarque

20 de setembro de 2019
Bolsonaro terá que assinar diploma e pagar 50 mil euros de prêmio a Chico Buarque

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá que assinar o diploma de premiação a Chico Buarque, escolhido por unanimidade para receber o Prêmio Camões, considerado um dos maiores reconhecimentos da língua portuguesa. O prêmio de 50 mil euros será pago pelo governo brasileiro ao cantor, compositor e escritor, que não foi cumprimentado pelo presidente após divulgação do resultado, em maio.

Segundo reportagem da coluna Radar, da revista Veja, as três vias do diploma, assinadas pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegaram ao governo para o crivo de Bolsonaro, antes de retornarem a Lisboa. Estão com Osmar Terra, a quem a Cultura está subordinada.

O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum.

Chico Buarque estreou como escritor de ficção em 1974, com a novela Fazenda Modelo. Em 1979, publica o livro infantil Chapeuzinho Amarelo. O primeiro romance, Estorvo, foi lançado em 1991. Quatro anos depois lança o segundo Benjamin. Em 2003, publica Budapeste; em 2009, Leite Derramado e em 2014, Irmão Alemão. Ele escreveu as peças de teatro Roda Viva (1968); Calabar (1972); Gota D’Água (1974), e Ópera do Malandro (1978).

A premiação foi anunciada pela Biblioteca Nacional pelas redes sociais. O júri da 31ª edição do Prêmio Camões se reuniu na sede da biblioteca no Rio de Janeiro consagrando por unanimidade Chico Buarque com o reconhecimento. A premiação recebida é 100 mil euros, que devem ser pagos pelo governo brasileiro e português.

O autor é o 13º brasileiro a receber o prêmio que já foi conferido, entre outros, a Raduan Nassar (2016), Ferreira Goulart (2010), Lygia Fagundes Telles (2005), e Jorge Amado (1994).

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