Bolsonaro tira Joice Hasselman da liderança do governo no Congresso
Natal, RN 28 de mar 2024

Bolsonaro tira Joice Hasselman da liderança do governo no Congresso

17 de outubro de 2019
Bolsonaro tira Joice Hasselman da liderança do governo no Congresso

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A crise no PSL teve mais um desdobramento nesta quinta-feira (17). O presidente Jair Bolsonaro resolveu retirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso. O substituto no cargo será o senador Eduardo Gomes (MDB-GO).

Joice comprou briga com Bolsonaro na quarta-feira (16), depois de ter assinado uma lista de apoio à permanência de Delegado Waldir (GO) na liderança do PSL na Câmara. Waldir é ligado ao presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE), e tem feito críticas públicas a Bolsonaro.

Ainda, uma conversa divulgada nesta quarta-feira (16) mostra que Bolsonaro interferiu diretamente na articulação para que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), ocupasse o cargo. No entanto, Joice se recusou a apoiar a indicação.

Não é a primeira vez que a relação entre os dois fica fragilizada. Bolsonaro já criticou Joice publicamente por estar com “um pé em cada canoa”, em referência à sua aproximação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para uma possível candidatura à prefeitura de São Paulo em 2020.

Também nesta quarta-feira, Joice atacou o assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, e o chamou de “frouxo”. “Respeito os ‘viados’ assumidos. Os que são corajosos. Os que se escondem no conservadorismo, fazem pinta de machões escondidos em suas pseudos canetas e ficam mandando indiretas como se fosse “machos” não merecem meu respeito. Frouxo é frouxo, não importa o posto que tenha”, tuitou Joice.

Douglas Garcia, deputado estadula pelo PSL em São Paulo, rebateu a publicação, dizendo que Joice teve “mais de um milhão de votos para ser fiscal da vida íntima dos outros” e recebeu o troco da deputada. “Sentiu o baque, mona?”, tuitou Joice.

Suspensões

Os deputados federais Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP) e Alê Silva (MG), além do deputado estadual Douglas Garcia (SP), foram suspensos do PSL nesta quinta-feira (17). Os deputados foram punidos por serem aliados de Bolsonaro durante a guerra interna que divide o partido há algumas semanas. A expulsão da sigla pode ser o próximo passo.

A suspensão significa que os deputados não vão mais participar de comissões na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo, nem exercer cargo de líder, vice-líder ou posto de comando nos diretórios municipais, estaduais e nacional da sigla.

Informação foi confirmada pelo deputado federal Júnior Bozella (SP). “Isso é um processo que vai correr dentro do rito determinado pelo conselho de ética”, disse Bozella, segundo o Congresso em Foco.

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