Camisa amarela, nunca mais!
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9 de junho de 2019
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São tantos os absurdos que a gente vem testemunhando ao longo, já, de muitos anos na seleção brasileira. Coisas que parecem mentiras. Nossos últimos ídolos, minha nossa! Recentemente, todos lembram, houve o tempo do reinado do Romário. Sujeito marrento, insuportável, tão problemático quanto o Neymar que mandava mesmo, treinava quando queria e, claro, já se beneficiando dos tempos dos patrocinadores de investimentos inacreditáveis.

Foi com ele, em 1994, que, mais uma vez, tevê Globo, grande imprensa, patrocinadores escalaram um jogador. Deu certo, em campo ele resolveu e nós ganhamos a Copa dos Estados Unidos que, na minha loucura, acredito, afirmo ter sido o maior mal, o começo do fim da essência do futebol arte do Brasil. Uma seleção capenga, sem criatividade, super valorizando o antifutebol, coroação do retranqueiro "Boca de Confeito" Carlos Alberto Parrreira e o ultrapassado Mário Jorge Lobo Zagallo. A conquista que tivemos que "engolir".

Depois foi a vez de Ronaldo Nazário, dividindo com o abobalhado Gaúcho e Robinho por um certo tempo as honras de estrelismo de uma seleção dependente. Começava uma temporada, nunca mais interrompida, de palhaçadas encobertas. De festas, escapadas, tudo que um clube, imaginem só, um clube de futebol profissional não deveria aceitar, imagine a Seleção.  Foi o ano do "Ronaldinhoooooooooooooo!"  ferindo nossos ouvidos a cada jogada, "jogada" do então Fenômeno. Uma festa para a trupe de Galvão Bueno, noticiário exclusivo e um oba oba tão absurdamente indecente que o resultado não poderia ser outro.

Os anos de comportamentos minimamente admitidos foram os idos sem conquista de Copa, imprensa cobrativa, burra e cruel, dia a dia espezinhando, massacrando, cobrando. Após 1994, a conquista, tudo degringolou. Ainda conseguimos o título de 2002 sob o comando de um papangu que nada sabia de futebol - Luiz Felipe Scolari, mas que, na época, pelo menos, tinha moral para manter a linha. E, claro, três jogadores que estavam entre os cinco melhores do mundo - Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo. E, mais importante ainda: vinha de um fracasso retumbante, traumático, de acontecimentos nebulosos, mau explicados na Copa de 1998, o chilique do Fenômeno e todos os boatos nunca devidamente explicados.

Em 2002, a Seleção Brasileira era formada por um time que se dava ao luxo de ter jogadores como Denilson e Juninho Paulista no banco, e sem qualquer chance de serem aproveitados supercraques como Alex e Juninho Pernambucano, somente para ficar nestes dois esquecidos. Aí ficou fácil, até mesmo para um retranqueiro obtuso como Felipão, coisa que ficaria devidamente provada anos depois.

O desfecho do filme seguinte vocês já sabem. Os festejos de 2006. O fracasso alarmante de jogadores que pareciam não ter mais prazer de jogar na Seleção, mesmo contando com estrelas remanescentes como Robinho, entre outros. Parreira e Zagallo não tinham moral nem para os roupeiros e massagistas daquela corte. Eles viviam em festa para a alegria dos patrocinadores e seus escolhidos, assim como, repetidamente, a felicidade da audiência total da parceira Rede Globo de Televisão. O resultado não poderia ser outro.

Em 2010. A tentativa de moralidade, chega a ser piada de mau gosto quando se fala essa palavra relacionada com a Confederação Brasileira de Futebol e todos os bandidos que a comandaram ao longo de décadas. Uma resposta ao povo brasileiro. Um cara de moral. O Brasil, "de luta e garra", sob o comando do ex-capitão Dunga. Não se importaram do fato do rapaz ser totalmente despreparado para o cargo. E ele comandou mais um fracasso. A única coisa positiva que fez foi brigar com alguns astros da poderosa rede de televisão que comanda a entidade do futebol no Brasil. Fazia já muito tempo que a Globo e patrocinadores davam as cartas.  Naquela Copa, Neymar ainda humilde, e Ganso, astros dos Santos, que poderiam fazer a diferença, foram ignorados pelo treinador. Ele preferiu levar Felipe Melo e Cia.

Depois veio 2014, no Brasil, e já sob o desastrado reinado de Neymar. Nunca se viu tanta palhaçada global, tantos intrusos circulando pelos corredores da Seleção. Os "parças" (horror a esse termo) de Neymar, de Dani Alves, as matérias especiais, as frescuras e a vergonha maior de nossa história em campo. 7 a 1 no Mineirão com Felipão provando ao mundo que nada sabia de futebol e se valia, tão somente, de Nossa Senhora de Caravágio, sua santa de devoção que, desta vez, não quis fazer parte desse circo de horrores. 2014 da vaia em Dilma, das ofensas à presidenta honesta, o crescimento de um verme político chamado Aécio Neves, iniciando ali, naquele coro de monstros de uma elite podre e burra, uma guerra contra o País, além da indicação clara do que viria. Esse mesmo contigente de insanos que elegeria Bolsonaro, quatro anos depois.

Em 2018, na Rússia, o mesmo Neymar, a repetição dos "parças", o surgimento dos "apóstolos", as mães da CBF (menos mal), agora com a enganosa medalha de ouro olímpico e, não poderia ser diferente (nunca vai ser), a mesma Globo dos absurdos, dos preferidos, mordomias, falta de moral de um técnico que, transformado em ídolo, fazia a gente acreditar mudaria e moralizaria a seleção brasileira. A vergonha de Tite. Mais um fracasso retumbante de uma equipe sem alma, sem qualidade técnica, formada por "armandinhos" amarelões que não poderiam mais fazer parte de uma disputa tão importante.

Por fim, esqueçam. O Brasil, Seleção campeã do mundo,  creio, sob o comando dessa CBF canalha que Dilma, junto com alguns movimentos decentes, tentou defenestrar, com patrocinadores e globais dando ordens, nunca mais, nunca mais! Perdemos nossa chance.

Dias atuais. Estádio Mané Garrincha, quarta-feira, no espetacular amistoso contra o Catar, no momento da contusão do Neymar, câmeras no vestiário e qual foi a primeira figura mostrada? O médico, membros da comissão? Não. A imagem impudica, arrogante, pedante, insuportável de Neymar Silva dos Santos, o pai do Ney Jr. Não temos mais uma Seleção brasileira, mas sim uma "casa de recurso", desmoralizada, sem comando e sem nenhum futuro. E agora, como o apoio, a proteção, da quadrilha bolsonariana e seus doentios defeitos que, coincidentemente, são os mesmos entranhados nesse decrépito futebol do Brasil.

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