Caso Alyne Bautista: Juíza assina alvará de soltura e auditora fiscal deixará prisão nesta quinta (22)
A juíza da 4ª Vara Criminal Ada Maria Galvão assinou nesta quinta-feira (22) o alvará de soltura do processo envolvendo a prisão da auditora fiscal Alyne Bautista, que deve deixar a cadeia nas próximas horas. A secretaria de Administração Penitenciária informou que o documento já chegou a colônia penal João Chaves, onde Bautista permanece desde 15 de abril.
O desembargador Gilson Barbosa deferiu ainda na terça-feira (20) o habeas corpus autorizando que a auditora deixe a prisão e volte para casa. No entanto, como ontem foi feriado nacional, o juiz de plantão remeteu o processo para a vara de origem, que só retomou os trabalhos nesta quinta-feira.
O marido da auditora, Wilson Azevedo, foi buscar a esposa e conversou rapidamente com a agência Saiba Mais na porta da penitenciária:
- Agora é ir pra casa e continuar a se defender dos processos, inclusive desse que levou à prisão dela. Ainda hoje vou soltar o quinto podcast relatando como foi a prisão de Alyne”, disse.
Repercussão
A auditora Alyne Bautista foi presa dia 14 de abril após reiteradas denúncias a respeito de um contrato firmado pelo Governo do Estado, ainda na gestão Robinson Faria, com a empresa Centro Brasileiro de Educação e Cidadania, que tem como sócios o juiz Jarbas Bezerra e a servidora do Tribunal Regional Eleitoral Lígia Limeira.
O contrato foi suspenso em 2020, já na gestão da governadora Fátima Bezerra, após recomendação do Tribunal de Contas do Estado, que identificou indícios de irregularidades nos contratos. Os contratos somados, e suas respectivas prorrogações, somavam aproximadamente R$ 5,6 milhões. No entanto, desse montante, cerca de R$ 3,6 milhões foi pago.
O caso ganhou repercussão nacional. O ex-senador Roberto Requião (MDB), amigo do pai da auditora fiscal, chegou a gravar um vídeo denunciando a prisão relacionada às acusações contra o juiz potiguar.
O magistrado Jarbas Bezerra alega ser vítima de perseguição e afirma que as denúncias de Alyne contra ele começaram em razão de um patrocínio solicitado pela auditora fiscal, mas que ele negou.