Chile pede reação enérgica contra fala “monstruosa” de Bolsonaro sobre pai de Bachelet
Natal, RN 25 de abr 2024

Chile pede reação enérgica contra fala "monstruosa" de Bolsonaro sobre pai de Bachelet

4 de setembro de 2019
Chile pede reação enérgica contra fala

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247 - O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana, repudiou o ataque de Jair Bolsonaro à ex-presidente do país, Michelle Bachelet, atual Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos. Quintana disse que ao defender a tortura de Alberto Bachelet, pai da ex-presidente, durante o regime Pinochet, Bolsonaro "agride a memória dos chilenos". O presidente do Senado também falou que o ataque monstruoso de Bolsonaro "deverá provocar um repúdio transversal e contundente de todos os setores políticos chilenos".

Quintana disse ainda que "Bolsonaro está colocando-se fora das relações multilaterias e não está à altura de um chefe de Estado em nenhum país do mundo". O parlamentar exigiu uma postura firme do presidente do país, Sebastián Piñera, aliado de Bolsonaro. Quintana falou ao jornal chileno La Tercera  nesta quarta-feira (4) logo depois dos ataques de Bolsonaro.

Jair Bolsonaro agrediu Bachelet, duas vezes presidente do Chile ( 2006-10 e 2014-18) depois que ela, tampém nesta quarta, concedeu uma entrevista coletiva em Genebra na qual, perguntada sobre o Brasil, disse que  o "espaço democrático" no país está diminuindo e manifestou preocupação pelo estado dos direitos humanos no país (aqui). Bolsonaro reagiu com uma postagem no Facebook elogiando o fato de o pai da ex-presidente, o general-brigadeiro Alberto Bachelet, ter sido preso e barbaramente torturado pelo regime Pinochet, morrendo em 1974 em consequência da violência sofria no cárcere. Bolsonaro escreveu que "seu país [Chile] só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à epoca".

Quintana informou que as comissões de Direitos Humanos e de Relações Exteriores do Senado do Chile  deverão emitir notas oficiais ainda hoje e que espera "uma reação enérgica" de Piñera e da Chancelari "ao que é uma agressão a todos os chilenos e chilenas"

Fonte: portal 247

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