Com 200 mil mortes por covid-19, governo brasileiro anuncia compra de vacinas
O Brasil chegou a novo recorde de notificação de mortes em 24 horas, com 1.841 nesta quinta-feira (7). Com isso, o país chega à marca de 200 mil óbitos causados pela covid-19 e ocupa o segundo mais atingido pela doença do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Também nesta tarde, o Ministério da Saúde anunciou plano de imunização e a primeira aquisição de vacinas.
O número foi levantado pelo do consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, em um boletim extra. O total de óbitos registrados é de 200.011, com 7.921.803 casos confirmados. A primeira morte aconteceu em fevereiro de 2020.
Após longo período de indefinição e grande aumento de casos da doença, em coletiva de imprensa, ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello disse que o governo federal assinou contrato com o Instituto Butantan para a compra de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida pelo instituto paulista em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
“Menos de 24 horas depois da MP (que libera compra de vacinas antes de aval da Anvisa), nós assinamos o contrato para as primeiras 46 milhões de doses até abril e 54 milhões de doses no decorrer do ano, indo a 100 milhões de doses”, disse.
De acordo com o plano de vacinação apresentado, o Ministério pretende adiquirir 354 milhões de doses de vacinas contra covid-19 para 2021: 2 milhões da AstraZeneca (importadas); 100,4 milhões da Fiocruz/AstraZeneca (1º semestre); 110 milhões da Fiocruz/AstraZeneca (2º semestre); 42,5 milhões Covax Facility e as 100 milhões do Butantan/Sinovac, que já teve o contrato assinado.
Ataques à imprensa
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aproveitou a coletiva de imprensa nesta quinta-feira (07) para atacar a imprensa, dizendo que as notícias são "distorcidas" e que a interpretação dos fatos é exclusividade do povo. Ele chegou a relacionar o trabalho de jornalistas com o suicídio.
“Se cada um interpretar como quer, a desinformação é completa. Numa pandemia, a desinformação e a interpretação equivocada ou tendenciosa leva a consequências trágicas. Leva ao medo, leva à ansiedade, à angústia, podem levar a doenças psiquiátricas, até o suicídio”.
Pazzuelo reclamou até mesmo com os fotógrafos presentes no comunicado. "Cada vez que eu aponto o dedo 'nego' tira foto. Mas é a forma de falar. É impressionante, não é? Quer tirar foto? [levanta o dedo indicador] Pronto. Chato".