Congresso prepara mudanças na lei de licitações após 25 anos
Natal, RN 24 de abr 2024

Congresso prepara mudanças na lei de licitações após 25 anos

19 de maio de 2018
Congresso prepara mudanças na lei de licitações após 25 anos

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Olhos e ouvidos atentos para a pauta da Câmara dos Deputados na próxima semana.

Na agenda, o projeto que pode alterar a lei 8.666, a popular lei de licitações.

Uma comissão especial criada em 2015 deve votar, na próxima terça-feira (22), o relatório do deputado João Arruda (MDB/PR).

Representantes do segmento empresarial, dos órgãos de fiscalização e profissionais da área sugeriram mudanças.

O Ministério Público Federal propôs que o superfaturamento de compras públicas seja considerado crime específico. Já os empresários querem extinguir a modalidade pregão em licitações para obras de engenharia.

No pregão, vence a empresa que apresentar o menor valor para a obra após lances sucessivos.

Engenheiros sugeriram o fim da contratação integrada. Hoje, o contratado é responsável tanto pela execução da obra como pela elaboração e desenvolvimento dos projetos.

Embora a atualização da lei 8.666 seja necessária, as causas da corrupção em obras públicas não estão relacionadas à legislação.

Chovem denúncias de empresários formando carteis combinando preços e em quais obras vão atuar com a anuência de gestores e agentes públicos.

O caso mais emblemático no Rio Grande do Norte foi descoberto em 2008 com a deflagração, pelo Ministério Público Federal, da operação Hígia.

No esquema, empresários e gestores públicos em conluio acertavam a renovação contratos, com dispensa de licitação, na secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) em troca do pagamento de propina.

11 pessoas foram condenadas pela Justiça Federal, entre empresários e agentes públicos. O advogado Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma de Faria, foi apontado como o mentor do esquema.

Os condenados recorreram à 2ª instância e desde 10 de abril de 2018 o processo está na mesa do desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região Fernando Braga para julgamento.

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