Congresso remaneja Orçamento e corta R$ 1,1 bilhão da Educação
Natal, RN 29 de mar 2024

Congresso remaneja Orçamento e corta R$ 1,1 bilhão da Educação

9 de outubro de 2019
Congresso remaneja Orçamento e corta R$ 1,1 bilhão da Educação

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O Plenário do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (9), o Projeto de Lei (PLN) 18/19, que remaneja R$ 3 bilhões no Orçamento de 2019, favorecendo principalmente os ministérios da Saúde, da Defesa, do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A matéria será enviada à sanção.

A origem dos R$ 3 bilhões vem do cancelamento de dotações orçamentárias do Ministério da Educação (R$ 1,15 bilhão), do Ministério da Infraestrutura (R$ 757 milhões) e do Desenvolvimento Regional (R$ 485 milhões), entre outros.

Dentre os cancelamentos, um dos maiores valores individualizados é o para bolsas de pesquisa: bolsas de apoio à educação básica (R$ 67,8 milhões) e bolsas de estudo no ensino superior (R$ 211,8 milhões).

Só o Rio Grande do Norte sofrerá um corte de R$ 12,5 milhões, incluindo recursos previstos para a UFRN (R$ 8,76 milhões) IFRN (R$ 2,47 milhões) e UFERSA (R$ 1,27 milhões).

Oposição

Na terça-feira (8), a oposição obstruiu os trabalhos e somente a Câmara dos Deputados aprovou a matéria, por 270 votos a 17. Nesta quarta, o Senado acatou o substitutivo do senador Eduardo Gomes (MDB-TO) por 40 votos a 2.

A deputada federal Natália Bonavides se manifestou pelas redes sociais sobre os cortes que atinge a Educação do país:

- Fomos contra. Mas, na votação de hoje, Bolsonaro conseguiu aprovar o PLN 18/2019. Com isso, são canceladas verbas orçamentárias da educação em cerca de R$ 1 bilhão. O RN será atingido com cortes de R$ 8,76 milhões da UFRN, R$ 2,47 milhões do IFRN e R$ 1,27 milhões da UFERSA", disse.

Deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) votou contra o PL que cortou R$ 1,1 bilhão da educação (Foto: Gustavo Bezerra)
A senadora Zenaide Maia (PSC) também se posicionou contra o remanejamento:
- Eu não poderia ser favorável a cortes que prejudicam tanto, especialmente, a área da Educação e o Rio Grande do Norte", destacou a parlamentar. 

De acordo com o substitutivo, o Ministério do Desenvolvimento Regional será o maior beneficiário das mudanças, com crédito adicional de R$ 1 bilhão. Os ministérios da Saúde, com R$ 732 milhões, e da Defesa, com R$ 541,6 milhões, aparecem em seguida.

A proposta original direcionava à Defesa R$ 841,5 milhões e R$ 700 milhões ao Desenvolvimento Regional.

No caso do Ministério da Educação, o texto cancela R$ 1,16 bilhão, mas parte desse montante (R$ 230 milhões) será redirecionado dentro da própria pasta. Ao final, o saldo líquido é um corte de R$ 927 milhões nas dotações, que neste ano já foram alvo de contingenciamento.

A oposição acusa a base governista de favorecimento, por meio de emendas parlamentares com recursos do projeto, em troca do voto pela aprovação da reforma da Previdência (PEC 6/19). O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou a acusação.

Fomento agropecuário

Em termos globais, o principal programa beneficiado é o de fomento ao setor agropecuário nacional, com R$ 400 milhões. O programa atende a projetos de aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e de processamento agroindustrial, além da realização de obras agropecuárias de desenvolvimento rural e construção e adequação/readequação de estradas vicinais.

Saúde

Na pasta da Saúde, o programa de incremento temporário de custeio dos serviços de atenção básica em saúde contará com R$ 400 milhões. Já o programa de custeio para assistência hospitalar e ambulatorial ficará com outros R$ 300 milhões. Esse dinheiro é pulverizado entre as várias unidades atendidas no âmbito dos programas.

Desenvolvimento regional

Da mesma forma, programas com ações localizadas em vários municípios ficarão com R$ 1 bilhão do total liberado pelo projeto: estruturação e dinamização de atividades produtivas (R$ 30 milhões), apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local integrado (R$ 450 milhões) e apoio à política nacional de desenvolvimento urbano (R$ 520 milhões).

 Com informações a agência Senado

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