Declarações controversas e falta de plano fazem crescer reprovação a Bolsonaro em meio à pandemia
Natal, RN 25 de abr 2024

Declarações controversas e falta de plano fazem crescer reprovação a Bolsonaro em meio à pandemia

4 de abril de 2020
Declarações controversas e falta de plano fazem crescer reprovação a Bolsonaro em meio à pandemia

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Isolado em suas declarações controversas e sem plano de ação, Jair Bolsonaro vê crescer sua reprovação e aprovação do ministro da Saúde disparar. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (3), a reprovação ao presidente chegou a 39%. Para 51% dos entrevistados, Bolsonaro atrapalha o país no enfrentamento ao vírus.

Num país que registra 359 mortes e 9.056 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, Bolsonaro segue subestimando o vírus, criticando o isolamento social, travando guerra com os governadores e tem perdido apoio da população em meio à pandemia.

Já o ministro Mandetta, que tem um histórico de votos e projetos que beneficiam planos de saúde, do qual já foi executivo, e não o sistema único, vê apoio popular disparar. Opositor ferrenho dos Mais Médicos, o ex-deputado se aproximou de Bolsonaro na campanha, e agora, vestindo jaleco do SUS, trava duelo tático com seu próprio chefe para conter o avanço da pandemia no país.

O trabalho de Mandetta no combate à Covid-19 tem o dobro do apoio popular do presidente. Sentindo-se ameaçado, na última quinzena Bolsonaro levantou a possibilidade de dispensar seu ministro da Saúde em pelo menos duas ocasiões.

Em meio à crise, Mandetta foi obrigado a lançar edital para reconvocar os médicos cubanos do programa dispensados sob Bolsonaro e corre contra o relógio para cobrir o buraco na assistência básica que deixou o desmonte do programa da era petista.

Pesquisa

O levantamento ouviu 1.511 pessoas por telefone e tem margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou menos. Segundo o Datafolha, Jair Bolsonaro é pior avaliado entre as mulheres (43% de reprovação), pessoas com curso superior (50%) e mais ricos (46%), com renda familiar acima de 10 salários mínimos mensais. O Nordeste é o maior centro de rejeição ao presidente, com a mais elevada taxa de ruim e péssimo (42%).

A pesquisa mostra também que a popularidade dos governadores estaduais é maior que a do presidente da República: 58% dos brasileiros aprovam a gestão dos Estados.

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