Déjà vu: Editoral d’O Globo diz que risco de golpe está sendo banalizado
Natal, RN 29 de mar 2024

Déjà vu: Editoral d’O Globo diz que risco de golpe está sendo banalizado

25 de setembro de 2018
Déjà vu: Editoral d’O Globo diz que risco de golpe está sendo banalizado

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O editorial do jornal O Globo desta terça-feira (25) poderia ser resumido com o clássico “eu já vi esse filme antes”. As Organizações Globo, base de sustentação dos golpes militar de 1964 e parlamentar do 2016, afirmaram textualmente que nas análises políticos-eleitorais das campanhas deste ano o risco de golpe têm aparecido com “perigosa naturalidade”. O editorialista ainda conclui que a tal banalização é “indevida e desinformada”.

- Talvez devido a uma característica desta eleição — o confronto direto entre duas posições extremadas: à direita (Bolsonaro) e à esquerda (Haddad ) —, o risco de golpe apareça com perigosa naturalidade nas análises político-eleitorais. Trata-se de uma banalização indevida e desinformada.

De golpe, o Brasil já sabe, a Rede Globo entende. A empresa da família Marinho tanto apoiou a ditatura militar em 1964 que pediu desculpas públicas num patético editoral publicado em 31 de agosto de 2013, intitulado “Apoio editorial ao golpe de 1964 foi um erro”. Três mais tarde, a Globo incorreria no mesmo grave erro que, pelo andar da carruagem, deve levar os mesmos 50 anos ou mais para um pedido formal de desculpas, como o anterior.

No editorial desta terça-feira, o grupo Globo volta a passar recebido quando ataca a pauta da regulação econômica da mídia presente no programa de Governo de Fernando Haddad (PT) ao rotular de “censura” o projeto. É disso que a família Marinho tem medo: perder poder.

Regulação da mídia não tem qualquer relação com censura, mas com o fim do monopólio empresarial da mídia tradicional. Não se trata de regulação de conteúdo, mas de concentração de poder na mão de poucas famílias, algumas que inclusive fazem esteio na política.

O editorial desta terça-feira termina dizendo que cogitar um golpe “é ruim para a democracia”.

É mesmo? Não diga...

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