O deputado estadual coronel Azevedo (PSC) foi expulso do bloco parlamentar do qual participava ao lado dos colegas Getúlio Rêgo (DEM), Galeno Torquato (PSD) e Vivaldo Costa (PSD).
De acordo com uma fonte ouvida pela agência Saiba Mais, o atrito tem relação com a CPI da Arena das Dunas, da qual Azevedo é membro e hoje ocupa a presidência. A comissão foi instalada em 29 de maio e dois dias depois, em 1º de junho, Getúlio, Galeno e Vivaldo comunicaram ao presidente da Casa Ezequiel Ferreira de Souza que estavam deixando o bloco com Azevedo.
Após a suspensão das oitivas da CPI durante a pandemia a pedido do deputado Getúlio Rêgo, Azevedo assinou uma nota ao lado de outros cinco deputados – Sandro Pimentel (PSOL), Isolda Dantas (PT), Francisco do PT, Eudiane Macêdo (Republicanos) e Allyson Bezerra (Solidariedade) – informando que o grupo entrará na Justiça para que a Comissão Parlamentar de Inquérito volte a funcionar de forma plena.
O apoio de Azevedo a CPI teria sido o estopim. As investigações relacionadas aos contratos do Governo do Estado com a empresa Arena das Dunas Concessões e Eventos terão como um dos alvos o governo Rosalba Ciarlini, ex-governadora que acompanhou a maior parte do processo de construção do estádio. O principal aliado de Rosalba na Casa é Getúlio Rêgo.
Coronel Azevedo foi ex-comandante da Polícia Militar no governo Robinson Faria (PSD). Ele foi eleito pelo PSL na esteira do fenômeno eleitoral Jair Bolsonaro, mas antes de completar 1 ano de mandato aceitou convite do atual governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel para migrar para o PSC.
Apesar da mudança, vem seguindo a cartilha bolsonarista. Excluído do bloco parlamentar, Azevedo passa a ser o único deputado da Casa isolado.
O comunicado publicado em 1º de junho no Diário Oficial da Casa.