Deputado do PSOL critica fim da valorização salário mínimo pelo governo Bolsonaro
O fim da política de valorização do salário mínimo pelo governo Bolsonaro foi duramente criticada pelo deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) na sessão desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa.
O parlamentar citou que a reposição com ganho real para os trabalhadores que recebem o salário mínimo sobreviveu aos governos Lula, Dilma e até ao governo Temer:
- “Desde 2007, ou seja, há 12 anos, o povo trabalhador brasileiro vive sob a política de reposição do salario mínimo ganho anualmente. (Essa política) passou pelos governos do PT, do Michel Temer e a política seguiu. Ontem o governo dos ricos apresentou proposta da LDO acabando com a valorização do salário mínimo. A cada dia fica mais evidente a quem o governo Bolsonaro serve. E não é ao povo trabalhador”, afirmou.
Pela proposta do governo Bolsonaro, o valor do salário mínimo não será mais corrigido acima da inflação. Atualmente, a remuneração mínima é de R$ 998. Para os anos seguintes, a proposta do governo é de R$ 1082 para 2021 e R$ 1123 em 2022. O Congresso Nacional ainda votará a proposta.
Pimentel destacou que o fim dos reajustes acima da inflação não prejudicarão apenas os trabalhadores que ganham o piso no país, mas as demais categorias que negociarão diretamente com os patrões:
- Diversos outros setores da sociedade vão ficar prejudicados tb. Se o salário mínimo não tem ganho real, o patrão pensa porque eu vou conceder reajuste a vocês ? Quero deixar aqui o meu repúdio e minha indignação e esperar que o Congresso não aprove essa medida que traz um retrocesso enorme às conquistas do povo trabalhador. Espero que a bancada federal do Rio Grande do Norte não compactue com essa medida exdrúxula”, afirmou.