Desembargadora que ofendeu Marielle e criticou professora com down no RN ataca Guilherme Boulos
A desembargadora do Rio de Janeiro Marília Castro Neves voltou a chamar a atenção pela intolerância e preconceito ao repercutir, na internet, um meme com ameaças ao líder do movimento dos Sem Teto e ex-candidato à presidência da República pelo PSOL Guilherme Boulos. Na postagem, uma imagem do militante aparece com os dizeres:
- “A tristeza no olhar de quem vai ser recebido na bala, depois do decreto do Bolsonaro”
Guilherme Boulos já respondeu o ataque anunciando que vai processar a magistrada por incitação ao crime:
- Um magistrado tem que ter equilíbrio, não pode incitar o crime. Agora responderá mais uma ação judicial”, afirmou o professor e militante.
Marília Castro Neves já está sendo processada judicialmente por divulgar notícias falsas sobre a ex-vereadora Marielle Franco, executada há mais de 10 meses sem punição para os culpados:
- Estava engajada com bandidos”, escreveu a desembargadora poucos dias após o crime.
Síndrome de down
Depois da repercussão nacional das ofensas a Marielle Franco, a desembargadora carioca também ganhou os holofotes ao criticar a professora Débora Araújo Seabra de Moura, 36 anos, que tem síndrome de down e trabalha como professora auxiliar de uma escola particular de Natal. Débora é autora do livro infantil “Débora conta Histórias” e recebeu, em 2015, o prêmio Darcy Ribeiro em Educação.
Na postagem preconceituosa, Marília Castro Neves questiona o que pessoas portadoras de síndrome de downs poderiam ensinar a alguém:
"Ouço que o Brasil é o primeiro em alguma coisa!!! Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de Down!!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social... Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem???? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?", escreveu a desembargadora em sua conta no Facebook.
Em resposta, Débora Seabra escreveu uma carta de próprio punho endereçada à desembargadora. No texto, a professora ensina, entre outras coisas, que “quem discrimina é criminoso”