Detidos por exibir faixa de "Bolsonaro genocida" foram liberados pela PF
Os cinco homens que haviam sido detidos na manhã desta quinta-feira, 18, após exibirem faixa com dizeres "Bolsonaro genocida" foram liberados após prestarem depoimento para a Polícia Federal, em Brasília. A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) acompanhou o caso e fez publicações nas redes sociais explicando que os homens haviam sido presos sob a acusação de infringir a Lei de Segurança Nacional (Lei Nº 7.170, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983).
Além de Bonavides, os deputados Alencar Braga (PT-RN), Paulo Pimenta (PT-RS), Alencar Braga (PT-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) foram até a delegacia onde os ativistas eram mantidos. Segundo a parlamentar do Rio Grande do Norte, os manifestantes foram liberados após prestar depoimentos, mas a faixa e megafone utilizados durante o ato de protesto continuaram apreendidos.
Na publicação, a parlamentar argumenta que a Lei de Segurança Nacional é um resquício do período da Ditadura Militar no país, já que foi criado para coibir possíveis comportamentos subversivos contra a lei e a ordem. Bonavides também alerta para o risco de se utilizar a legislação contra qualquer manifestação contrária ao atual governo federal.
"O que está acontecendo é muito absurdo. Hoje, cinco opositores do governo Bolsonaro foram detidos por abrirem uma faixa em frente ao Palácio do Planalto. São tempos duros, são tempos difíceis e, em momentos como esse, não podemos baixar a cabeça. Bolsonaro genocida sim!", disse a deputada em vídeo publicado no Twitter.
É preciso denunciar a política genocida e autoritária de Bolsonaro e nenhuma lei da ditadura pode impedir! Mesmo tendo sido descartado o enquadramento hj, a Lei de Segurança Nacional foi usada p/ acabar com uma manifestação. Não podemos baixar a guarda p/ o avanço autoritarismo! pic.twitter.com/tGZttCyAHH
— Natália Bonavides (@natbonavides) March 18, 2021