Dieese: inflação pesa sobre mais pobres e agrava desigualdade social
Natal, RN 19 de abr 2024

Dieese: inflação pesa sobre mais pobres e agrava desigualdade social

15 de setembro de 2020
Dieese: inflação pesa sobre mais pobres e agrava desigualdade social

Ajude o Portal Saiba Mais a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

A inflação continua impactando mais o custo de vida de pessoas com renda mais baixa. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação, no ano, chega a 1,50% para famílias mais pobres, enquanto as famílias mais ricas têm uma deflação acumulada de 0,07%.

Na avaliação de Victor Pagani, supervisor do Dieese, com os anúncios recentes do governo Jair Bolsonaro, a situação é preocupante. “Estão anunciando o corte do auxílio emergencial e o fim da política de valorização do salário mínimo. Somando isso ao cenário de aceleração inflacionária, que só atinge as classes mais baixas, vamos agravar mais a desigualdade social”, alertou em entrevista à Rádio Brasil Atual.

O Ipea mostra que, só no mês de agosto, a inflação de famílias mais pobres, que possuem renda domiciliar menor do que R$ 900, teve variação de 0,38%. Por outro lado, os domicílios com renda maior que R$ 9 mil tiveram um impacto de 0,10% da inflação.

Inflação dos alimentos

O estudo aponta que o aumento das despesas está relacionado à alta no preço de alimentos, que formam o gasto com maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres. No ano, alimentos importantes para os brasileiros acumulam altas de preços: arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).

O preço do arroz, por exemplo, disparou nas últimas semanas e um pacote de cinco quilos chega a custar R$ 40 nos supermercados. Segundo especialistas, os preços abusivos são resultados da política de livre mercado defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Todos esses cortes promovidos pelo governo federal impactam na atividade econômica, pois diminuem os rendimentos, acabando com a dinamização do mercado de consumo interno. O consumo das famílias representa 70% do PIB”, lamentou Pagani.

*Com informações da Rede Brasil Atual e Agência Brasil

Apoiar Saiba Mais

Pra quem deseja ajudar a fortalecer o debate público

QR Code

Ajude-nos a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.