Dinheiro movimentado por assessor de Flávio Bolsonaro equivale a 3 tríplex atribuídos a Lula
Natal, RN 25 de abr 2024

Dinheiro movimentado por assessor de Flávio Bolsonaro equivale a 3 tríplex atribuídos a Lula

20 de janeiro de 2019
Dinheiro movimentado por assessor de Flávio Bolsonaro equivale a 3 tríplex atribuídos a Lula

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O volume de recursos suspeitos movimentado por Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro, em três anos, conforme dados divulgados peloConselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf), equivale a três tríplex do Guarujá semelhantes àquele que o ex-juiz Sérgio Moro atribuiu ao ex-presidente Lula.

Segundo o Coaf, Bolsonaro movimentou aproximadamente R$ 7 milhões no período. Além do já divulgado R$ 1,2 milhão que passou pelas contas de Fabrício Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, o órgão também rastreou outros R$ 5,8 milhões que teriam passado pela conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro entre 2014 e 2015.

Já o apartamento do Guarujá, avaliado em R$ 1.147.770, foi arrematado por R$ 2,2 milhões no leilão realizado em 2018.

Flavio Bolsonaro chegou a receber R$ 96 mil em 48 depósitos em espécie sequenciais de R$ 2 mil. Esse tipo de procedimento é bastante usual para disfarçar o crime de lavagem de dinheiro, segundo o próprio Sérgio Moro já defendeu no livro "Crime de Lavagem de Dinheiro", lançado em 2010.

As novas revelações do Coaf, que agora é ligado ao ministério da Justiça, chefiado pelo ex-juiz Sérgio Moro, complicam ainda mais o discurso do senador eleito Flávio Bolsonaro, que durante a semana pediu para que o STF suspendesse as investigações contra o motorista e ex-assessor dele Fabrício Queiroz.

Mesmo sem ser investigado no processo, o filho mais velho de Jair Bolsonaro evocou o direito à foro privilegiado, uma vez que já havia tomado posse como senador eleito. O detalhe é que Flávio se dizia contra o privilégio para parlamentares até a campanha presidencial.

O ministro do STF Luiz Fux atendeu ao pedido para suspender a investigação e remeteu o caso ao relator do processo, o ministro Marco Aurélio de Mello, que decidirá em 1° de fevereiro qual é a instância judicial que dará prosseguimento às investigações do caso.

Ao contrário da narrativa que os eleitores e admiradores de Jair Bolsonaro vem defendendo, o caso não está restrito somente a um dos filhos do presidente da República.

Queiroz sempre foi um assessor muito próximo de toda a família Bolsonaro. E um dos cheques depositados por ele, no valor de R$ 24 mil, foi parar na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em entrevista recente concedida ao SBT, Fabrício Queiroz justificou os recursos suspeitos movimentados em sua conta como sendo originários da compra e venda de automóveis usados.

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