Diretor do LACEN justifica celeridade de exames e rebate insinuações sobre compra de testes
Natal, RN 28 de mar 2024

Diretor do LACEN justifica celeridade de exames e rebate insinuações sobre compra de testes

20 de agosto de 2021
Diretor do LACEN justifica celeridade de exames e rebate insinuações sobre compra de testes

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O diretor administrativo do Laboratório de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Norte Derley Galvão de Oliveira foi mais um servidor público a justificar em depoimento a CPI da Covid a celeridade dos exames swab realizados pelo órgão e rebateu insinuações dos deputados de oposição sobre suspeitas de corrupção na compra de testes e reagentes.

De acordo com o requerimento que embasou o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito, a oposição insinua ter havido uma montagem no contrato emergencial e sugere a formação de uma quadrilha por servidores.

Derley Oliveira prestou depoimento na quinta-feira (19) como testemunha na investigação sobre o contrato de aquisição de 100 mil testes swab. Ao final, ele admitiu constrangimento por depor em uma CPI que coloca em xeque a rapidez com que os exames foram feitos:

- Tenho a consciência muito tranquila. E queria deixar uma pergunta: “quanto custa uma vida ?“ Há como mensurar procedimentos, equipamentos, mas e uma vida ? Todo esforço envidado foi para salvar vidas. Qual o valor ? É incalculável. O processo foi feito e ainda gerou economia ao Estado. A gente reduziu tempo e aumentou a quantidade de testes. Buscamos dar rapidez. Várias pessoas nos questionavam sobre os resultados dos exames. Qual é o racional: dar resultado em 10 dias ou 24 horas ? Ou no mesmo dia ? E depois que fizemos essa aquisição nunca mais fomos questionados (sobre o tempo dos exames). Queria aproveitar para agradecer a todos os servidores e servidoras do LACEN. Esse constrangimento (de depor na CPI) não vai passar, mas esse legado (do trabalho no LACEN) vai ficar para sempre”, afirmou.

O presidente da CPI Kelps Lima (Solidariedade) e o deputado Tomba Farias (PSDB), únicos membros da oposição presentes à comissão, questionaram o coordenador administrativo do LACEN sobre o peso das caixas, afirmando que alguns volumes haviam sido entregues mais leves que outros. O questionamento sugere que o órgão teria recebido menos exames do que comprou.

Derley rebateu dizendo que a compra não se deu pelo peso dos volumes, mas pela quantidade de testes. E, segundo ele, todo o material foi entregue e por um preço menor do que o valor de mercado após pesquisa:

- A compra não era por peso, mas por pacotes. Não há como mensurar e pesar todos os itens que chegam na administração pública. Os materiais chegam lacrados”, disse.

O servidor também rebateu as perguntas sobre a falta de estimativa quanto à quantidade de testes a serem adquiridos. Segundo Kelps Lima não havia um parâmetro sobre o número de exames que precisariam ser comprados para atender a demanda.

- Houve um aumento de mais de 1.500 % na realização de testes. Era difícil estimar. Até porque as pessoas produziam além da capacidade pelo compromisso que tinham. Eles (os servidores) sempre faziam (exames) a mais”, explicou.

Relator da CPI critica "Ilação politiqueira" sobre respiradores

Francisco do PT se queixou de "ilações e brincadeiras" direcionados a ele pelo deputado Tomba Farias (PSDB) / foto: João Gilberto

Durante o depoimento do diretor administrativo do LACEN, membros da CPI bateram boca por conta de comentários feitos por deputados da oposição lembrando o caso dos respiradores pagos de forma antecipada pelo Governo do Rio Grande do Norte e que nunca foram entregues. Esse contrato é o alvo principal da comissão e, mesmo durante depoimentos que não têm relação com esse caso, vem sendo lembrado.

Após críticas do deputado e relator da CPI Francisco do PT, o deputado Tomba Farias insinuou que o petista era favorável ao calote que o Estado levou na compra dos equipamentos. O parlamentar do PT, por sua vez, disse que não admitia ilações do tipo:

- Me incomoda o fato dos respiradores terem sido pagos, e não entregues. Incomoda a governadora Fátima também. E não vou aceitar qualquer tipo de ilação de que eu concordo com isso. Esse tipo de ilação é politiqueira. Há uma ansiedade muito grande na CPI para que se chegue ao contrato dos respiradores. Não posso aceitar passivamente (insinuações) de que eu concordo com o fato de que os respiradores foram pagos e não entregues. Eu não aceito esse tipo de ilação ou brincadeira", afirmou.

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