Foto: Elisa Elsie
O voo com 12 pacientes de Manaus contaminados com covid-19 chegou ao Rio Grande do Norte às 2h50 desta segunda (18), o avião pousou na Base Aérea de Natal, em Parnamirim. Os pacientes foram transferidos para o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) e para o Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infectocontagiosas.
A transferência de pacientes ocorreu à pedido do governo do Amazonas diante do colapso, que deixou hospitais lotados e pacientes sem oxigênio. A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez o transporte dos enfermos e da equipe médica, das forças de segurança estaduais e federais, da Samu Natal e RN e também da STTU (Secretaria de Municipal de Mobilidade Urbana).
À princípio, seriam dez pacientes transferidos, mas a secretaria do Amazonas solicitou mais duas vagas à rede estadual hospitalar do RN. Os dois pacientes adicionais foram transferidos para o Hospital Giselda Trigueiro e 10 estão no Hospital Universitário Onofre Lopes.
De acordo com o Secretário Estadual de Saúde Pública, Cipriano Maia, não há risco de falta de oxigênio no Rio Grande do Norte, o fornecimento estaria garantido pela empresa que fornece o insumo ao estado.
“Tivemos uma decisão precavida, lá no início da pandemia, de instalarmos tanque de oxigênio em toda rede hospitalar do estado. Só tem um hospital que não tem e já estamos providenciando a instalação. Portanto, não temos risco imediato a não ser que haja problema de grande proporção”, explicou Cipriano.
Além do Rio Grande do Norte, o Distrito Federal, Teresina (PI), São Luís (MA) e João Pessoa (PB), também receberam pacientes do Amazonas, 74 foram transferidos no total. Por causa dos alertas de uma nova variante da covid-19 circulando no Amazonas, as equipes da Vigilância Epidemiológica da Sesap, juntamente com o Laboratório Central de Saúde Pública do RN (Lacen), vão conduzir o processo de sequenciamento genético das amostras dos pacientes que tiverem coletado RT-PCR no Amazonas, através de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que mantém contato com a Fiocruz para sequenciamento e identificação do tipo de vírus Sars-Cov2.