“É uma época de sonhos que vai com ele”, diz Fernanda Montengro sobre Domingos de Oliveira
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"É uma época de sonhos que vai com ele", diz Fernanda Montengro sobre Domingos de Oliveira

24 de março de 2019

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O ator, autor e diretor Domingos Oliveira morreu neste sábado (23), em casa, aos 83 anos, no Rio de Janeiro. O velório do artista começou no próprio sábado, no teatro Maria Clara Machado, espaço que Oliveira dirigiu por oito anos. Artistas como Fernanda Montenegro deram depoimentos emocionado:

- É uma época de sonhos que vai com ele. Era um poeta, de uma sensibilidade que a gente não vê todo dia. Arregimentador de cultura, de humanidade, de juventude. Um homem da cidade, com mais de 80 anos, absolutamente jovem trazendo ainda uma esperança daqueles anos que se foram. Nós tínhamos esperanças de um país melhor, uma crença no nosso futuro, na nossa responsabilidade como brasileiros, como o caráter do brasileiro. Hoje não estamos nem na entressafra, estamos numa baixaria absoluta. Ele simbolizava tudo isso para mim”, disse Fernanda Montenegro, muito emocionada.

O sepultamento está previsto para domingo (24), às 13h, no Cemitério São João Batista. Domingos de Oliveira era portador do Mal de Parkinson há vários anos.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Domingos de Oliveira deixou uma série pronta no canal Brasil. Batizada de “Mulheres de 50”, é uma continuação de duas peças escritas por ele nos anos 1990 (Confissões das mulheres de 30) e 2000 (Confissões das mulheres de 40).

Nascido no Rio de Janeiro em 1935, Oliveira se formou em Engenharia Elétrica, mas foi na dramaturgia que fez sua carreira. Sua primeira peça Somos Todos do Jardim de Infância, foi montada na década de 1960, e também lançou Leila Diniz, sua esposa na época.

Começou a trabalhar como produtor na TV Globo na década de 60. Entre e idas e vindas na emissora, escreveu e atuou em várias produções, como As Noivas de Copacabana (1992) e JK (2006).

Também se dedicou ao cinema, onde dirigiu premiados filmes como Todas as Mulheres do Mundo (1976), longa que inaugura o gênero comédia romântica no Brasil, e ao teatro.

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