Em nova campanha publicitária, governo Bolsonaro lista investimentos no combate a Covid-19, mas não fala em isolamento social
Natal, RN 20 de abr 2024

Em nova campanha publicitária, governo Bolsonaro lista investimentos no combate a Covid-19, mas não fala em isolamento social

15 de abril de 2020
Em nova campanha publicitária, governo Bolsonaro lista investimentos no combate a Covid-19, mas não fala em isolamento social

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Depois de obrigado a suspender veiculação da peça de publicidade “O Brasil não pode parar” com visão contrária ao isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) lançou nova campanha na noite desta terça-feira, 14. Com o mote “proteger vidas e empregos”, a propaganda institucional mantém a perspectiva de blindar a economia.

A nova peça publicitária diz que “a vida dos brasileiros vem em primeiro lugar”, mas defende a retomada das atividades econômicas, afirmando que “não podemos deixar de lado questões fundamentais para vencermos essa crise, como preservar empregos e manter a renda da população.”

A propaganda institucional divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) lista uma série de ações realizadas pelo governo no enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus, como o investimento de R$ 16 bilhões na compra de equipamentos hospitalares, de proteção e medicamentos, 22 milhões de testes para Covid-19 e a liberação de R$ 3 bilhões para Estados e municípios.

Mas parlamentares oposicionistas e governos municipais e estaduais têm denunciado a demora do governo federal em liberar recursos para quem perdeu renda e emprego, para as micro e pequenas empresas e todos que precisam da saúde e da ação estatal para combater a crise.

Desde fevereiro, foram editadas 11 Medidas Provisórias abrindo créditos extraordinários com diversas programações para combater os efeitos da crise. São recursos para o benefício emergencial das famílias sem renda, para o seguro desemprego emergencial, para emprestar às empresas no pagamento dos salários, recursos da Ciência e Tecnologia para pesquisas sobre o tema, para as ações de saúde, para hospitais universitários, para repor os valores dos fundos de participação de estados e municípios (FPE e FPM), Defesa, Relação Exteriores, entre outros.

Ao total foram abertas R$ 220 bilhões de dotações, mas até o dia 12 de abril somente foram pagos R$ 24 bilhões.

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