“Eu implodo o presidente. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo”, diz líder do PSL sobre Jair Bolsonaro
Natal, RN 29 de mar 2024

“Eu implodo o presidente. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo”, diz líder do PSL sobre Jair Bolsonaro

17 de outubro de 2019
“Eu implodo o presidente. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo”, diz líder do PSL sobre Jair Bolsonaro

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A crise entre o PSL e a família Bolsonaro virou uma tsunami de proporções ainda inimagináveis. Em áudio vazado para a imprensa, o líder do PSL no Congresso, delegado Waldir (GO), revela que tem um áudio comprometedor sobre o presidente da República e desabafa:

- Não tem conversa, eu tenho a gravação. Eu vou implodir o presidente. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa porra, eu andei no sol 246 cidades gritando o nome desse vagabundo”, diz a um grupo de colegas do mesmo partido.

Na quarta-feira (16), Bolsonaro orientou um grupo de parlamentares do PSL a destituir o delegado Waldir da liderança e substituí-lo por Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.

A maioria, ligada ao atual presidente do PSL Luciano Bivar, rejeitou o golpe e manteve Waldir no cargo.

Em retaliação, Bivar assinou nesta quinta-feira (17) a destituição de Flávio e Eduardo Bolsonaro, que dirigiam os diretórios estaduais do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.

No início da tarde desta quinta, Jair Bolsonaro começou a perseguir quem não assinou a lista em favor do filho. A primeira vítima foi a deputada federal Joice Halsseman, líder do governo no Congresso, destituída em meio à crise.

A briga no PSL se tornou pública partir do momento em que Jair Bolsonaro atacou o presidente da sigla Luciano Bivar, pedindo a um eleitor, na saída do Palácio da Alvorada, que não o ligasse ao político pernambucano. "Apaga isso aí. Ele está queimado pra caramba lá, cara", disse o presidente.

Desde então Bivar e Bolsonaro passaram a travar uma disputa pública pelo controle do PSL em meio ao escândalo das candidaturas laranjas na eleição de 2018 que envolve as campanhas do atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, eleito deputado federal pelo PSL em Minas Gerais, e do próprio Bolsonaro. Após o presidente cobrar uma auditoria nas contas do PSL, Bivar também pediu uma auditoria nas contas de campanha de Bolsonaro.

Coincidentemente, dois dias depois, a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão na residência de Bivar alegando investigar o escândalo já batizado de laranjal do PSL.

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