Fátima agradece a Carmem Lúcia e comemora suspeição de Moro: “voto para a história”
Natal, RN 28 de mar 2024

Fátima agradece a Carmem Lúcia e comemora suspeição de Moro: “voto para a história”

23 de março de 2021
Fátima agradece a Carmem Lúcia e comemora suspeição de Moro: “voto para a história”

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A governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT) comemorou nesta terça-feira (23) a decisão da Suprema Corte que considerou o ex-juiz Sérgio Moro parcial no julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Em poucas palavras, Fátima parabenizou a ministra Carmem Lúcia e disse que o voto de desempate entrará para a história:

Nesta terça-feira (23), por 3 votos a 2, a 2ª Turma do STF considerou Sérgio Moro parcial no julgamento do processo do tríplex do Guarujá envolvendo o ex-presidente Lula. Com isso, as provas nesta ação estão anuladas. Os ministros precisam definir apenas a extensão da decisão. Se valer para todos os processos envolvendo Lula como réu, as provas colhidas e julgadas por Moro serão todas anuladas.

O voto da ministra Carmem Lúcia foi a grande surpresa do julgamento. Ela havia votado em 2018 contra a suspeição do ex-juiz e mudou o voto hoje. Na época, as mensagens trocadas por Moro com integrantes da força-tarefa da Lava Jato ainda não haviam sido reveladas pelo site The Intercept Brasil.

Com isso, votaram pela suspeição de Sérgio Moro os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Levandovisk e Carmem Lúcia. Ficaram contra a suspeição o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Facchin e Kassio Nunes, o mais novo da Corte e indicado pelo atual presidente Jair Bolsonaro.

"Bolsonaro é o grande perdedor", diz Flávio Dino

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) também foi às redes sociais, mas ponderou que os atos de Sérgio Moro "geraram lesões irreparáveis para Lula e para o Brasil". Dino e Moro disputaram o mesmo concurso para juiz federal, com o maranhense tirando o 1º lugar

- Hoje o Supremo encerrou um triste capítulo da história do Direito no Brasil. Um juiz parcial, que persegue ilegalmente um acusado, é incompatível com o Estado de Direito. Seus atos são nulos e imorais. Só lamento que tais atos geraram lesões irreparáveis para Lula e para o Brasil", disse o maranhense, que ainda lembrou que o atual presidente Jair Bolsonaro foi quem mais "lucrou" com a parcialidade de Moro e também quem mais perdeu com a suspeição do ex-juiz:

- No mundo da política, o grande beneficiado pelos atos do juiz parcial foi Bolsonaro, que com tais atos venceu a eleição de 2018. Hoje o mesmo Bolsonaro é o grande perdedor", disse.

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