Feministas organizam campanha para socorrer famílias chefiadas por mulheres em situação de vulnerabilidade no RN
Natal, RN 23 de abr 2024

Feministas organizam campanha para socorrer famílias chefiadas por mulheres em situação de vulnerabilidade no RN

13 de junho de 2020
Feministas organizam campanha para socorrer famílias chefiadas por mulheres em situação de vulnerabilidade no RN

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O movimento feminista do Rio Grande do Norte lançou a campanha #Entrelaçadas por Todas para socorrer 160 famílias em situação de vulnerabilidade chefiadas por mulheres negras, mães solos, autônomas, agricultoras e pescadoras, que em virtude da pandemia perderam suas fontes de rendas nos municípios de Natal, Mossoró e da costa litorânea do Estado potiguar.

A campanha foi idealizada pelos coletivos Leila Diniz e Motim Feminista, grupos feministas de Natal e Mossoró vinculados a Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB. A iniciativa tem como meta arrecadar e distribuir gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza. Para ampliar o alcance das práticas solidárias na sociedade, o campanha fará uma live cultural de lançamento nesta segunda-feira (15), a partir das 20h, com a participação das cantoras e compositoras Khrystal, Clara Pinheiro e Dayanne Nunes. A transmissão acontece pela conta do instagram @coletivamotimfeminista.

Estudo recente divulgado por um grupo de pesquisadores da UFRN e da UFC apontou que a mortalidade por Covid-19 é maior entre as pessoas de maior vulnerabilidade social. As taxas de mortalidade nas zonas Norte e Oeste de Natal são maiores que as das zonas Sul e Leste.

A assistente social Telma Gurgel destaca que a ação vai dar ainda mais visibilidade a uma pauta social importante e urgente nesse momento:

- Será uma oportunidade de juntar mulheres e toda a sociedade em torno de uma rede de som, poesia, artivismo e solidariedade feminista em prol das que mais precisam neste momento crítico da história que estamos atravessando”, disse.

A campanha #Entrelaçadas por Todas terá duração de três meses e, além das lives para incentivar a arrecadação solidária de recursos destinados à compra de gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza para mulheres em situação de vulnerabilidade, também desenvolverá materiais com conteúdo de autocuidado e educativos sobre feminismo e o enfrentamento às desigualdades e violências de gênero, raça e classe no contexto nacional e local.

Integrante do coletivo Leila Diniz, a arquiteta feminista Cláudia Gazola lembra que, além da pandemia, as pescadoras e maricultoras ainda foram afetadas diretamente pela tragédia resultante do derramamento de óleo:

- Os municípios estão abandonados pela gestão local, o auxílio emergencial não chegou pra muita gente, as pescadoras e maricultoras não conseguem vender o pescado e produtos feitos com algas e ainda sofrem com as consequências do derramamento do petróleo", disse.

Em virtude de serem movimentos autônomos, e não possuírem identidade jurídica, como o CNPJ, a poupança bancária para as doações solidárias on-line, foi cedida por uma ativista integrante do Motim Feminista. Para contribuir

Depósito: BANCO: BB/ OP 51 / AGÊNCIA : 0036-1 / CONTA: 309932-6

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