Filme potiguar sobre ex-militante da VAR-Palmares será exibido em três sessões no Festival de Cinema do Rio
Natal, RN 29 de mar 2024

Filme potiguar sobre ex-militante da VAR-Palmares será exibido em três sessões no Festival de Cinema do Rio

10 de dezembro de 2019
Filme potiguar sobre ex-militante da VAR-Palmares será exibido em três sessões no Festival de Cinema do Rio

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O curta-metragem Codinome Breno será exibido de sexta-feira até domingo, em três sessões, no 21º Festival do Rio de Cinema, um dos mais importantes e prestigiados eventos do país. O filme é dirigido pelo potiguar Manoel Batista, filho caçula de Jorge Batista Filho, ex-militante do Comando de Libertação Nacional (Colina), que após uma fusão com outro grupo passaria a se chamar Vanguarda Armanda Revolucionário Palmares (VAR-Palmares), organização que contou em suas fileiras com a ex-presidenta da República Dilma Rousseff. O filme narra a busca de Manoel Batista por informações sobre a trajetória política do pai no combate à ditadura militar.

Jorge Batista morreu na véspera do Natal de 1986 num acidente de carro, em Minas Gerais. Na mesma tragédia também faleceram a mulher dele (Ana Valderez) e o filho mais velho, Breno. O caçula e diretor do filme foi o único sobrevivente no desastre.

O festival começou segunda-feira (9) e segue até 19 de dezembro, na capital carioca.

A sessão prevista para sábado (14), às 20h, na Estação Net Gávea, será a presença de convidados. Já confirmaram presença amigos de Jorge Batista Filho e ex-militares da VAR-Palmares do Rio de Janeiro.

Codinome Breno já recebeu vários prêmios desde que foi lançado: melhor pesquisa e melhor roteiro no Curta Caicó - RN; Premiação de destaque e relevância pela ABDeC/APECI - Festival de Triunfo - PE; Melhor Roteiro de documentário - Júri Popular - III Rota - Festival de Roteiro Audiovisual - RJ; Melhor Filme de Arquivo - Cine Tornado Festival - PR.

O curta também foi selecionado para participar de festivais de destaque no país ao longo de 2019, como o 12º Festival de Cinema de Triunfo, em PE; O 30º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, em SP; o 14º Festival Taguatinga de Cinema, no DF.

“O nosso curta-metragem persiste na crítica forte à ditadura que se instalou no Brasil na década de 60, um período de censuras, perseguições e torturas que ainda hoje tenta se projetar no cenário atual, principalmente por meio da desinformação e fake news", destacou o diretor Manoel Batista, que complementa:

- "A forma como o filme tem sido recebido nos festivais em diferentes partes do Brasil tem nos deixado bastante animados, abrindo espaço importante de diálogo com o público de cada cidade sobre temas como ditadura, tortura e autoritarismo. Temas esses que vêm sofrendo ataques de vertentes conservadoras da sociedade e do governo, que estão tentando minimizar ou mesmo apagar esses eventos. Nesse ponto nos juntamos aos que abominam essas práticas e ajudamos manter forte a bandeira de que 'Não é esquecer é resistir!'".

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