Movimentos liberais, junto com grupos de empresários encabeçados por Flávio Rocha - herdeiro do Grupo Guararapes, responsável pela Riachuelo e Shopping Midway Mall -, querem pressionar o governo e a opinião pública para que seja aprovada uma lei que crie um imposto único sobre movimentações financeiras, a nova CPMF.
Para que isso ocorra, os interessados atuarão em diversas frentes em uma campanha que tenta influenciar a sociedade e cativar os apoiadores do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
A criação da nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), foi criticada inclusive pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que considera a proposta um “tiro no contribuinte, na classe média, no pobre e na economia”.
A ideia para conseguir apoiadores é fazer caravanas pelo país explicando como tal imposto poderia ser benéfico para sociedade. Os donos de empresas também planejam fazer mobilizações nas ruas, e por isso já cooptam grupos que se especializaram em fazer manifestações de direita, principalmente no período do impeachment da presidenta Dilma Roussef.
O lobby encabeçado pelo movimento Brasil 2000, do Flávio Rocha, encontra no PSL do presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, um dos principais apoios na Câmara dos Deputados. O autor do projeto sobre o imposto único é o presidente da legenda, Luciano Bivar, do Pernambuco.
Uma das principais críticas é que a medida é vista pela maior parte da população como o retorno da CPMF, que foi extinta em 2007 durante o governo Lula. Segundo o planejamento dos empresários, a alíquota do novo imposta seria 2,5% a cada transação financeira.