Freixo entrega relatório da CPI das milícias a Sergio Moro: “a milícia elegeu gente no Senado”
Natal, RN 18 de abr 2024

Freixo entrega relatório da CPI das milícias a Sergio Moro: “a milícia elegeu gente no Senado”

6 de fevereiro de 2019
Freixo entrega relatório da CPI das milícias a Sergio Moro: “a milícia elegeu gente no Senado”

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O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL/RJ) entregou o relatório da CPI das Milícias ao ministro da Justiça e da Segurança Pública Sérgio Moro. O ex-juiz responsável pelos processos da operação Lava-jato se reuniu nesta quarta-feira com parlamentares da base do Governo no Congresso Nacional para articular a aprovação do projeto de lei anticrime.

Freixo foi o presidente CPI das milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em 2008. O documento é um marco na luta contra o crime organizado e sua articulação com o poder público. O relatório final pediu o indiciamento de 225 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis. Foram apresentadas ainda 58 propostas concretas para enfrentamento à máfia, entre elas a necessidade de cortar as fontes de financiamento das quadrilhas.

O parlamentar do Rio de Janeiro foi ao encontro do ministro. Em pé, na frente das câmeras, ele entregou o documento e provocou Moro:

- É o relatório da CPI das milícias. É muito importante porque tem muita gente defendendo a legalização das milícias”, disse.

- “Nós colocamos no projeto”, rebateu Moro.

Em seguida, Marcelo Freixo foi mais incisivo e, sem citar nomes, afirmou que a milícia ajudou a eleger senadores:

- É importante para o senhor entender porque a milícia ajuda a eleger gente. Ajudou a eleger gente no Senado. Não deixe de ler. A gente está disposto a tirar dúvidas”, concluiu antes de ir embora.

Recentemente, o jornal O Globo divulgou informações de que o senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho do presidente da República Jair Bolsonaro, empregou no gabinete dele familiares do ex-capitão da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido miliciano e acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marille Franco, em março de 2018.

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