General Girão tenta justificar R$ 51,8 mil pago a articulador da "Aliança pelo Brasil"
Alvo de investigações sobre organização, financiamento e divulgação de manifestações antidemocráticas, o deputado General Girão (PSL-RN) emitiu nota nesta sexta-feira (19) para justificar o valor de R$ 51,8 mil pago à empresa do publicitário Sérgio lima, que é o criador da identidade visual e articulador da "Aliança pelo Brasil", partido político que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende fundar.
“A empresa em tela presta serviços relacionados à logomarca “General Girão”, à elaboração e manutenção do site www.generalgirao.com.br e à elaboração de relatórios diários de notícias (clipping analítico)”, afirma a nota.
Ainda de acordo com o parlamentar, as informações estão disponíveis no portal de transparência da Câmara dos Deputados, e as contratações são legais, permitidas pelo regimento interno da Casa.
General Girão teve o sigilo bancário quebrado nesta terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao lado de outros cinco deputados e um senador.
A investigação levanta a hipótese que o valor de R$ 87 mil pagos pelos parlamentares bolsonaristas serviriam para a divulgação e financiamento dos atos antidemocráticos e o papel de Sérgio Lima era dar vazão à divulgação e convocação dos manifestantes.
Mas o parlamentar nega que tenha financiado ou participado de atos ou manifestações contra a democracia. “O Deputado General Girão participou, sim, de inúmeras manifestações absolutamente democráticas, ordeiras, pacíficas e legais, pedindo que seja respeitada a Constituição Federal, em especial no que se refere à harmonia e à independência entre os Poderes da República”, afirma.