Gestantes precisam subir escadas após trabalho de parto na maternidade Araken Pinto em Natal
Natal, RN 25 de abr 2024

Gestantes precisam subir escadas após trabalho de parto na maternidade Araken Pinto em Natal

7 de janeiro de 2021
Gestantes precisam subir escadas após trabalho de parto na maternidade Araken Pinto em Natal

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Para acessar a maternidade Araken Pinto, em Natal (RN), gestantes têm precisado subir escadas quando já estão em trabalho de parto. Pior, depois do parto, as mães precisam subir mais dois lances de escada. A situação foi denunciada pela servidora pública Eleyde Souza, depois de acompanhar a filha de 38 anos.

A gestante deu entrada na maternidade às 4h da manhã da terça-feira (6), e passou por uma cirurgia cesárea às 22h. No final da manhã de hoje, a servidora gravou um vídeo onde a sua filha cirurgiada é obrigada a subir escadas para acessar o alojamento onde ficam as mulheres após o parto.

“Um descaso com os pacientes”, desabafa Eleyde.

Sem rampa de acesso como via alternativa, essa tem sido a realidade de usuários e funcionários da unidade municipal todas às vezes em que os elevadores do prédio param de funcionar. Servidores afirmam que a situação se arrasta há mais de três meses.

Transferida em 2015 do bairro das Quintas para reverter problemas estruturais, a maternidade já passou por dois prédios e diversas reformas, mas não conseguiu oferecer as condições próprias para o funcionamento de um espaço apropriado para cuidar de mulheres durante a gravidez e o parto.

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Natal (Sinsenat) já apresentou denúncia ao Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público para que sejam garantidas as condições de atendimento dignas aos usuários, mas também de trabalho aos servidores da unidade.

“Solicitamos que a prefeitura voltasse ao prédio próprio da maternidade das Quintas e, até lá, que seja alugado um prédio em condições de funcionamento para a necessidade de uma maternidade”, esclarece Soraya Godeiro, coordenadora geral do Sinsenat.

Soraya questiona ainda o valor investido pela prefeitura em reformas nos prédios em que a maternidade passou depois de ser transferida do bairro das Quintas. Ela lembra que desde o processo de municipalização do Sistema Único de Saúde, pós Constituição de 1988, o prédio onde funcionava a Maternidade das Quintas passou também por reformas e não vê razão para que a prefeitura alugue prédio sem condições físicas de abrigar um espaço que permita o acesso e a permanência do bebê com a mãe em tempo integral, desde o nascimento na sala de parto até o momento da alta hospitalar.

A Secretaria Municipal de Saúde não informou até a publicação dessa matéria quantas reformas nem o total gasto nestas mudanças. Em nota, a SMS disse apenas que existe um processo para aquisição de um novo elevador, bem como tratativas para aluguel de um novo prédio, no bairro de Candelária.

Na semana passada foi realizada uma visita técnica da equipe de engenharia e arquitetura da SMS Natal, inclusive com assinatura de protocolo de intenções com o proprietário do imóvel”, afirma a nota.

Ainda segundo a SMS, “existem também tratativas com o TRT, no sentido da ampliação da cessão do prédio do antigo hotel Parque da Costeira, que entre outras unidades, também comportaria a instalação da Maternidade Araken Pinto”.

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