Governo dialoga e paralisação da Segurança dura apenas 9 horas  
Natal, RN 18 de abr 2024

Governo dialoga e paralisação da Segurança dura apenas 9 horas  

17 de junho de 2019
Governo dialoga e paralisação da Segurança dura apenas 9 horas   

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Se os policiais militares e bombeiros demonstraram força na mobilização da categoria ao levar centenas de pessoas para o Centro Administrativo, o governo Fátima respondeu com habilidade na mesa de negociação. A paralisação dos operadores militares de Segurança Pública durou apenas 9 horas e foi encerrada no meio da tarde desta segunda-feira (17), após as categorias aceitarem a proposta do Governo.

Os policiais e políticos ligados à Segurança que tentavam transformar uma possível greve em trampolim para a eleição municipal de 2020 saíram frustrados e alguns ainda mais queimados junto à tropa. É o caso, por exemplo, do deputado estadual coronel Azevedo (PSL), ex-comandante da PM no governo Robinson Faria, cuja atuação vem sendo bastante questionada nos bastidores da Polícia Militar.

O governo abriu as portas do gabinete civil para o movimento paredista desde o início da manhã, quando centenas de policiais militares e bombeiros ocuparam a rampa da governadoria. Na ante sala da governadora Fátima Bezerra, o vice-governador Antenor Roberto, o chefe da Casa Civil Raimundo Alves e o secretário de Segurança Pública coronel Araújo receberam os representantes do movimento e lideraram as negociações.

Ao final da audiência, o governo se comprometeu a cumprir seis pontos de pauta. O reajuste de 60% reivindicado pelos policiais militares e bombeiros não foi incluído em razão da calamidade financeira do Estado.

Entre os pontos da acordo estão a criação de um grupo de trabalho para negociar a redução das distorções salariais, encaminhamento do Projeto de Lei até setembro de 2019 com o reajuste a começar ser implantado em Março de 2020; implantação em julho de 2019 das promoções e níveis atrasados; priorização de salários para a Segurança; negociação sobre o pagamento do retroativo das promoções; além da anistia de punições do movimento.

Esse foi o principal teste de negociação do Governo Fátima até o momento, o que não significa que foi o último. O Estado encerra o pagamento da primeira folha atrasada, referente ao 13º salário de 2017, no final de junho, mas ainda precisa buscar recursos para quitar o que restam de três folhas herdadas da gestão passada: novembro, dezembro e 13º salário de 2018.

O movimento dos policiais militares e bombeiros esfria, demonstra um crédito de confiança no Executivo, mas deixa o governo Fátima em estado de alerta até setembro, quando ficou acertado o envio de um projeto de lei com os resultados do grupo de trabalho que vai debater a redução das distorções salariais entre as carreiras.

As categorias demonstraram força na mobilização e vão cobrar o cumprimento dos prazos.

E o Governo tem menos de 90 dias para provar que a negociação vitoriosa desta segunda-feira não foi apenas para adiar o problema.

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