Haddad x Bolsonaro: Nordeste resiste e leva eleição presidencial para o 2º turno

O próximo presidente do Brasil será decidido dia 28 de outubro, no 2º turno, entre o capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT). A região Nordeste foi, mais uma vez, decisiva para que a eleição tivesse dois turnos. Assim como aconteceu na vitória da ex-presidenta Dilma Roussef em 2014, o Nordeste acabou fazendo a diferença. Foi a única região do país onde Fernando Haddad bateu Bolsonaro.

À exceção do Ceará, estado do candidato Ciro Gomes (PDT), Haddad venceu nos demais estados nordestinos, além do Pará. Bolsonaro levou a melhor em 17 estados e Ciro Gomes só venceu no Ceará. No Rio Grande do Norte, o candidato do PT obteve 39,40% dos votos contra 31,19% de Bolsonaro.

No geral, Jair Bolsonaro foi o 1º colocado, com 46,03%,seguido de Fernando Haddad (29,28%), Ciro Gomes (12,47%), Geraldo Alckmin (4,76%), João Amoêdo (2,50%), Cabo Daciolo (1,26%), Henrique Meirelles (1,20%), Marina Silva (1%), Álvaro Dias (0,80%), Guilherme Boulos (0,58%), Vera (0,05%), Eymael (0,04%) e João Goulart Filho (0,03%).

A eleição mais polarizada do período pós-redemocratização será decidida no 2º turno entre um candidato de extrema-direita (Jair Bolsonaro) e um candidato de centro-esquerda (Fernando Haddad).

Pelos números do 1º turno é inegável o favoritismo de Jair Bolsonaro.

A expectativa agora fica por conta das alianças. Terceiro colocado com 12,47% dos votos, Ciro Gomes deve apoiar Fernando Haddad. Guilherme Boulos (PSOL) foi o primeiro a anunciar apoio ao PT. O PSDB de Geraldo Alckmin, que obteve 4,76%, é uma incógnita e pode ser decisivo.