Inocêncio Uchôa: “Único direito absoluto é a vida, presidente da Câmara precisa pautar impeachment”
Natal, RN 18 de abr 2024

Inocêncio Uchôa: "Único direito absoluto é a vida, presidente da Câmara precisa pautar impeachment"

29 de junho de 2021
Inocêncio Uchôa:

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Nós temos que ir para as ruas e exigir que a Procuradoria Geral da República cumpra o seu papel de denunciar Bolsonaro, segundo o relatório da CPI da Covid”. A avaliação do advogado e Juiz do Trabalho Aposentado, Inocêncio Uchôa, parte do pressuposto de que o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid tem força de lei e caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o processamento do presidente Jair Bolsonaro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O problema, segundo o advogado cearense, é que “Aras tem servido ao Bolsonaro, não ao país”. Além disso, Uchôa afirma que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não pode negar 120 pedidos de impeachment, pois no Brasil a Constituição não prevê poder absoluto. “Único direito absoluto é a vida”.

Com a assertiva de que Bolsonaro representa a ameaça de uma nova ditadura, o advogado cearense Inocêncio Uchôa, 76 anos, participou do Balbúrdia desta segunda, 28, e falou sobre o espectro do fascismo que nos ronda hoje e a importância de afastar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do poder. “De preferência, imediatamente”, afirmou.

Democracia é uma como uma planta que você precisa cultivar todos os dias”, avalia Uchôa. Para ele, “estamos indo em direção ao golpe”, lembrando que este sempre foi o objetivo de fato do presidente.

Membro da Associação de Juízes pela Democracia (AJD) e da executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o Juiz do Trabalho Aposentado pontuou o superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, que está sendo elaborado por um grupo de advogados da Associação e será apresentado à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 30.

Inocêncio Uchôa era uma importante liderança do movimento estudantil do Nordeste em 1968. Estudante de Direito, ele foi expulso da universidade pela reitoria por sua militância. Preso, viveu na clandestinidade e na semiclandestinidade e teve dificuldades para ser aceito em uma faculdade para completar o curso, o que fez no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Balbúrdia desta segunda-feira, 28, Inocêncio destaca a importância que os militantes do Nordeste tiveram no movimento estudantil e falou sobre o retorno da Geração 68 às ruas. “Um momento de muita emoção”, assegurou ao falar sobre o significado também das lutas contra a Ditadura. “1968 foi um ano fundamental para a luta contra a ditadura militar”.

Confira entrevista na íntegra.

https://www.youtube.com/watch?v=EbbXmfQTSoY
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