Investigado em 4 inquéritos no STF, relator da reforma trabalhista é cotado para governo Bolsonaro
O relator da reforma trabalhista Rogério Marinho (PSDB) é o favorito para ocupar o cargo de secretário adjunto na secretaria de Trabalho e Previdência, pasta que substituirá o Ministério do Trabalho e que ficará anexada ao superministério de Economia. Ele é o preferido para o posto pelo futuro ministro Paulo Guedes.
A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Rogério Marinho é investigado em quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal e Tribunal de Justiça por diversos crimes, entre eles corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
Apesar do financiamento pesado na campanha a partir da doação de grandes empresários beneficiados com a reforma trabalhista, Marinho não conseguiu se eleger, ficando na 12º colocação, e ocupando a segunda suplência da coligação.
O mandato dele como deputado federal termina em 31 de dezembro. Além da reforma trabalhista, que mudou mais de 100 artigos da CLT e retirou direitos dos trabalhadores conquistados desde a era Vagas, Rogério Marinho também tentou enquadrar os movimentos sociais na lei Antiterror.
A campanha de Rogério Marinho foi a segunda mais cara entre os candidatos à Câmara Federal do Rio Grande do Norte, com receita total de R$ 1.812.309,60. O candidato à deputado federal que mais recebeu recursos foi João Maia (PR). Ao todo, a campanha dele obteve 2.463.670,00 de receita.
Jair Bolsonaro afirmou durante a campanha que não nomearia para o Governo auxiliares com problemas na Justiça.
Confira os inquéritos abertos contra Rogério Marinho no Supremo Tribunal Federal: 3386, 3026, 4008, 4168, 4474 e 4484.
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