Para o Brasil do candidato à Presidência mais rico, João Amoêdo (Novo), não é importante tentar minimizar a desigualdade social. Quando questionado pela jornalista Joana Cunha, da Folha, sobre seu patrimônio, o empresário demonstrou desprezo: “Deixa eu entender? Qual é o problema da desigualdade? Vamos lá? Você acha que se a gente resolver a desigualdade no Brasil é bom?”.
Na entrevista, publicada neste sábado (18), Amoêdo, que é contra a taxação de grandes fortunas, ironicamente diz que é mais fácil pedir “para todo mundo que tenha acima de uma determinada quantidade de dinheiro mudar a sua cidadania e ir morar fora do Brasil”. “Pronto. Resolveu a desigualdade”, completa.
Apesar disso, acredita que a pobreza é provocada pelo Estado, por causa da carga tributária e por má qualidade da educação. “O ambiente para montar empresas é ruim, muita burocracia, exige muitas licenças e juros altos. O combate a isso é dar mais liberdade para as pessoas e melhorar a educação”.
Amoêdo declarou R$ 425 milhões em patrimônio, e diz que acúmulo de riqueza é sinal de “capacidade”. “Como eleitor, eu gostaria de escolher alguém que teve sucesso na vida privada e com mérito”, diz o candidato, que tem como vice Christian Lohbauer, do mesmo partido.
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