Lula admite articular aliança entre Fátima e Garibaldi para 2022

“A política é a arte da convivência democrática na diversidade”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para justificar tentativa de reaproximação com o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) depois de apoio ao golpe de 2016, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Quando você está estabelecendo uma relação política com uma pessoa, você não está propondo casamento; está propondo a essa pessoa uma convivência dentro do limite que a liberdade política e a democracia exigem que a gente tenha”, declarou o líder político em entrevista nesta terça-feira (24) ao programa RN Verdade, na rádio 97 FM, enquanto cumpre agenda em Natal.

Acompanhado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), Lula confirmou que vai jantar com Garibaldi. “Eu tive muitas relações com o PMDB. Pretendo continuar tendo”, avisou, ao lembrar que Garibaldi foi presidente do Senado quando ele era presidente da República e que as divergências fazem parte do ritual democrático.

Para ele, se o MDB aceitar participar da composição com Fátima, estará aceitando apoiar aquela que vai “marcar a história” do estado.

O ex-presidente lembrou a situação financeira que o estado tinha quando a petista tomou posse, citando que somente em maio ela terminará de pagar as folhas atrasadas pelo governo Robinson e que em um segundo mandato terá a chance de fazer uma melhor administração.