Nove locais no litoral potiguar voltaram a ser atingidas pelo desastre das manchas de óleo que acomete o Nordeste. Os registros foram emitidos pelo boletim de segunda-feira (28) feitas pelo Instituto de Desenvolvimento de Meio Ambiente (Idema). O relatório também mostra que tartarugas marinhas foram afetadas com vazamento de óleo que afeta o litoral nordestino desde setembro.
Segundo o Idema, entre as praias atingidas estão a de Praia das Minas, pontos próximos ao coqueiral no Chapadão, Praia do Giz, Praia de Pirangi do Norte e Prainha, Barreta, tabatinga, Búzios e Camurupim. A incidência nessas regiões, no entanto, são consideradas esparsas com poucos vestígios. As informações foram divulgadas por meio do boletim do órgão nessa segunda-feira (28).
A equipe da Associação de Proteção e Conservação Ambiental Cabo de São Roque observou que as manchas de petróleo cru voltaram a aparecer no litoral dos municípios de Ceará-Mirim e Maxaranguape, principalmente nas Praias de Jacumã, Muriú, Barra de Maxaranguape, Cabo de São Roque e Caraúbas.
Em vistoria feita pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), duas tartarugas marinhas foram encontradas mortas e com manchas de óleo nesse domingo (27) na praia de Tabatinga, em Nísia Floresta. Com esse novo caso, a estatística de animais atingidos somam-se 14 somente no litoral potiguar, sendo 13 tartarugas marinhas e uma ave.
De acordo com a Marinha, não houve o aparecimento de novas manchas. O material observado trata-se de reincidências que ocorrem em virtude das marés. Com o trabalho dos voluntários e da equipe de limpeza, alguns desses locais já estavam livres do óleo já no final da segunda (28).
Ainda segundo a Marinha, a reincidência não foi exclusiva no RN: de 249 locais afetados em toda região Nordeste, 139 tiveram novos vestígios inferiores às primeiras aparições e outras 10 apresentaram manchas maiores. Ao todo, mais de 1 mil toneladas de material foram retiradas das praias.
Entre os Estados mais atingidos estão Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. No RN, a Marinha afirma que “a situação é estável, permanecendo ações de monitoramento”, conforme também defendido pela equipe do Idema e do Governo do Estado.