“Minha candidatura não depende do PSDB”, diz Fábio Dantas

Diante das especulações de que sua pré-candidatura à sucessão de Robinson Faria estaria perdendo força em razão do PSDB vir discutindo alianças com outros partidos e pré-candidatos, o vice-governador Fábio Dantas (PSB) afirmou que a viabilidade do nome dele para o Governo não depende do apoio dos tucanos.

Em contato por telefone com o Blog nesta quarta-feira, Dantas foi taxativo:

- Minha candidatura não depende do PSDB. Minha candidatura depende de conseguir arregimentar dentro Estado o sentimento de que a população precisa de um Governo que traga soluções e pense o Rio Grande do Norte. O PSDB tem lá seus lideres, seus grupos, se lá na frente convergir tudo bem, senão convergir faz parte, né ? Mas não estou condicionando minha candidatura ao apoio do PSDB. Se vão me apoiar, eles é que vão decidir. Quero é ter o apoio do PSDB, do PT, do PHS, do Solidariedade... de todos os partidos.

Os tucanos têm sido cortejados pelo ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) e pelo atual governador do Estado Robinson Faria (PSD). O vice-governador tem agenda política nesta quinta-feira (19) em Mossoró, onde pretende apresentar a empresários e à imprensa os projetos dele para o Governo.

- Não estou construindo uma candidatura com base em apoios políticos, mas com solidez de propostas. Amanhã (hoje) estarei com agenda em Mossoró, vou visitar empresas, falar com as pessoas, conversar com a imprensa livre de Mossoró, vou conversar com todos.

Nas semanas que antecederam o fechamento da janela de transferência partidária, Fábio Dantas prestigiou todas as filiações do PSDB e, quando assinou sua ficha de filiação ao PSB, também foi prestigiado por deputados do PSDB, a exemplo do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza e o deputado federal Rogério Marinho, apontados como fiadores de sua pré-candidatura ao Governo.

Questionado sobre essa aproximação, o vice-governador afirmou que não consolida apoio algum, mas “gratidão”:

- Eles foram na minha filiação, me prestigiaram quando ingresse no PSB, e em gratidão eu fui a outros eventos. Gustavo (Fernandes) é meu amigo, Tomba (Farias) também... eu fui na filiação de Geraldo Melo em solidariedade ao fato deles terem ido à minha. Mas cada um segue o seu caminho. Cada partido tem lá suas peculiaridades, meu caminho é do PSB, é com ele que vamos construir nossa candidatura. Temos a pré-candidatura (ao Senado) de José Vieira, que representa a federação de agricultura. Então, temos que respeitar o interesse individual e coletivo de todos. Não quero condicionar o PSDB a me apoiar.

 O PSDB cresceu na atual legislatura. Os tucanos não conseguiram eleger nenhum deputado em 2014, mas com as janelas de mudanças partidárias arregimentaram oito parlamentares em pouco mais de três anos, o que fez do Partido a maior bancada da Assembleia Legislativa. Esse fato, segundo Dantas, pode pulverizar os apoios.

- O PSDB tem muitos deputados que representam vários pensamentos divergentes. E eles vão convergir ou vão ficar cada um em seus cantos, liberados para votar em governador, uns votando em mim, outros em Robinson, outros em Carlos Eduardo...

Indagado se a pré-candidatura dele ao Governo era irreversível, o vice-governador disse que não:

 - Nenhuma candidatura é irreversível, senão era um desejo individual, e não coletivo. Quero que seja construída a partir das soluções do Estado. E essa pré-candidatura não é mais minha, pertence ao PSB. Vou fazer minha parte.