Enquanto a Educação pública passa por uma sucessão de cortes, atualmente o MEC tem R$ 5,8 bilhões contingenciados, o ministro Abraham Weintraub defendeu nesta quinta-feira (6) o setor privado de ensino superior.
Durante participação no 12º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, em Belo Horizonte, Weintraub colocou no colo das universidades privadas o futuro da educação do país:
“Esse setor vai crescer muito, e o Estado brasileiro, através dos impostos, que já estão pesados, não tem condição de atender a demanda gigantesca que vai acontecer nos próximos anos”, justificou o ministro.
O ministro da Educação ainda enfatizou a postura liberal do atual governo e afirmou que não pretende aumentar a intervenção entre “uma pessoa que quer estudar e um grupo de pessoas que quer ensinar”. E acrescentou “O MEC e este governo querem dar liberdade para vocês. A liberdade para produzir, para trabalhar, para atingir os seus objetivos”.
Weintraub também afirmou que existe espaço para as instituições públicas, sejam federais ou estaduais, mas que o crescimento do país vai impossibilitar o estado de nutrir o atual setor público. Deixando claro a visão do governo de desmonte das educação pública e abertura de mais vagas para o setor privado, que segundo o Censo da Educação Superior já detém 75,3% das matrículas totais no ensino superior.