Movimento ‘Fora Bolsonaro’ se espalha e chega às periferias das Capitais, incluindo Natal
Natal, RN 28 de mar 2024

Movimento 'Fora Bolsonaro' se espalha e chega às periferias das Capitais, incluindo Natal

23 de outubro de 2021
Movimento 'Fora Bolsonaro' se espalha e chega às periferias das Capitais, incluindo Natal

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Os movimentos sociais e mandatos municipais de esquerda realizaram um ato contra o Governo Bolsonaro na manhã deste sábado no bairro das Rocas, em Natal. O objetivo da manifestação é mobilizar a população das periferias do Brasil contra a atuação do governo federal, especialmente em relação às medidas econômicas que afetam diretamente a população mais carente do País.

O ato estava previsto para ocorrer em 20 capitais do Brasil, sempre em áreas periféricas. Segundo Matheus Araújo, Coordenador do Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), a movimentação em Natal contou com a participação de várias entidades sociais como Sindicato dos Bancários, Movimento Salva Natal, Unidade Popular e mandatos de esquerda.

As palavras de ordem da movimentação eram especialmente sobre o aumento da fome, da miséria e da carestia provocadas pelo Governo Bolsonaro. "Conseguimos reunir um importante número de pessoas em nossa caminhada. E a ideia é aumentar o grupo ao longo das próximas mobilizações", explicou Matheus que ressaltou a receptividade da população.

Além da pauta nacional, o ato também alertou para temas locais, no caso de Natal, houve protesto com as mudanças que estão sendo propostas pelo Plano Diretor, que está em tramitação na Câmara Municipal de Natal. "Foi por isso que escolhemos as Rocas para essa mobilização. As Rocas é uma das áreas que deve ser muito impactada com as mudanças propostas pela Prefeitura de Natal, caso sejam aprovadas", explicou Matheus.

Pobreza aumentou e já atinge 600 mil potiguares
De acordo com o parâmetro do Banco Mundial, uma pessoa é pobre quando vive com menos de R$ 450 por mês. Já o extremo da pobreza ocorre quando o indivíduo obtém, mensalmente, até R$ 150, o equivalente a R$ 5 por dia.

No Rio Grande do Norte, 1,4 milhão de potiguares são pobres e, dentro dessa população, 600 mil vivem em situação de pobreza extrema. O número equivale a 17% da população do Estado e foi verificado em pesquisa do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo o estudo, entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021, o índice de extrema pobreza no RN foi de 13,1% para 17%. O aumento foi de 29,7%, o 6º maior do Brasil. No indicador negativo, o estado potiguar fica atrás, por exemplo, de Roraima, Ceará e Pernambuco.

A taxa de pobreza no Rio Grande do Norte teve o quarto maior crescimento no índice de pobreza entre estados do Nordeste, verifica o estudo. Dessa forma, 40,7% da população, incluindo os 17% em situação de extrema pobreza, vive com menos da metade de um salário mínimo por mês. Somente Sergipe, Paraíba e Pernambuco apresentaram resultados mais alarmantes, dentro da região.

No geral, 24 das 27 unidades federativas aumentou a taxa da população considerada pobre ou muito pobre, indica a pesquisa. As informações são da Tribuna do Norte.

Renda dos mais pobres caiu em todo o país

De 2014 a 2018, houve redução em 39% na renda dos 5% mais pobres do Brasil. Dessa forma, a população em situação de extrema pobreza aumentou em 71,8%. Isso representa cerca de 3,4 milhões de pessoas a mais sobrevivendo com até R$ 5 por dia.

Recessão econômica e falta de correção nos valores do Programa Bolsa Família são apontados pela FGV como causas do crescimento da extrema pobreza. Isso porque houve perdas reais no valor do benefício, que não foi corrigido segundo valores da inflação nem em 2015 ou 2017.

A quantidade de beneficiários do programa também foi reduzida nos últimos anos. A estimativa é de que até 900 mil famílias tenham sido desligadas do PBF em 2019, o que leva ao surgimento de uma fila média anual de até 500 mil famílias na lista de espera do benefício.

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